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Cultura

Livro aborda a relação da casa com os seus moradores

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Escrito pelo designer de interiores e pesquisador Fábio Galeazzo, obra apresenta um tema inédito sobre o exercício da decoração como um processo de autoconhecimento e de resgate da criatividade

Durante a pandemia, o isolamento nos fez refletir sobre a casa como um lugar de afeto e conexão criativa com o mundo, e desde então o gosto por decoração e design de interiores tem se ampliado pela facilidade do acesso on-line a produtos e informações. Mas afinal o que nos faz investir tanto tempo, atenção e dinheiro na escolha de cada objeto e peça de mobiliário para a nossa casa? Ou melhor, por que decoramos?

Com o intuito de responder essas perguntas, o designer de interiores premiado internacionalmente Fábio Galeazzo escreveu “O designer que habita em nós”, obra lançada pela Editora Senac São Paulo. Para ele, “nós nunca moramos tanto” ao mesmo tempo que ainda não nos demos conta do protagonismo que a casa pode ter em nossas vidas como um espaço de resgate da identidade, expressa por meio dos móveis e objetos que a decoram.

O livro explora a construção simbólica entre a nossa maneira de habitar e a psiquê, convidando-nos a refletir sobre temas como a colaboração, o amor, a sustentabilidade, a beleza, o ecocentrismo e a nossa relação com o cosmos.

Por meio de uma linguagem leve e fluída, são sugeridos caminhos e inspirações capazes de despertar no leitor um senso crítico-estético, a fim da decoração deixar de ser uma ação passiva limitada a ideias prontas, para tornar-se uma ferramenta de conexão interior, tendo como matéria prima as próprias histórias que carregam consigo.

“A casa é o espaço físico, a área em que moramos, delimitada por paredes. Mas ela é também a extensão do nosso corpo, é parte de nós – o mundo em que vivemos. Interiorizada, ela nos acompanha em nosso caminho pela vida.’”

A decoração parte, em muitos casos, das memórias, itens remetentes à infância ou que fazem menção a um momento bom. De acordo com Fábio, existe um diálogo interno estabelecido entre a casa que habita dentro de cada um de nós e o lugar onde moramos, estabelecido desde os primeiros dias da nossa vida.

São histórias que guardam imagens nutritivas que nos permitem reconhecer quem somos, para a partir delas revisitar e ressignificar vivências e hábitos adquiridos, tendo como base a nossa relação com a própria casa.

“A ideia do livro partiu de uma pesquisa de mestrado que se iniciou após uma viagem para uma palestra na China, na qual respondi muitas perguntas sobre a relação das pessoas com suas casas. Isso ficou na minha mente e me levou a perceber um novo caminho para a decoração: o design de interiores, como uma jornada interior, indo além da cultura do hedonismo e do viver bem, possibilitando um mergulho em si mesmo”.

Além disso, o livro desafia os limites da decoração, oferecendo um olhar provocativo sobre o verdadeiro significado de se sentir em casa, tornando o design de interiores um poderoso instrumento de autoconhecimento e de autodesenvolvimento.

Alicerçado a partir de conceituadas referências bibliográficas nas áreas de antropologia, arte, arquitetura, criatividade, design, design de interiores, design estratégico, empreendedorismo, geografia, filosofia, história, psicologia e neurociência, a obra vem de encontro a esse momento único na história da casa, promovendo o resgate de sentimentos esquecidos e por vezes desconhecidos, ao mesmo tempo que questionará valores de consumo.

Para Fábio, decoramos pelo desejo de mudança e pelo prazer de nos expressarmos criativamente no mundo por meio dos benefícios da experiência estética levando-nos a uma jornada de autoconhecimento e criatividade.

“Ao longo de meu trabalho com clientes, tenho testemunhado como cada etapa na transformação de uma casa desencadeia processos profundos de resgate de sonhos e revisitação de histórias, permitindo aos moradores expressarem sua criatividade e moldar ambientes que refletem sua verdadeira essência. Apoiado nelas, elaboravam novas histórias, encontrando na decoração a possibilidade de expressar a criatividade e, por meio dela, moldar ambientes que os tornem orgulhosos de si mesmo e, consequentemente, mais livres,
bem-humorados, seguros e organizados na vida pessoal e no trabalho”.

Serviço: “O designer que habita em nós”

Editora Senac São Paulo

Preço: R$ 80

Onde comprar: https://www.editorasenacsp.com.br/livro/designer-habita-em-nos

Sobre Fábio Galeazzo

Fabio Galeazzo é designer de interiores e pesquisador independente das interfaces de conexão entre as pessoas e os ambientes. Mestre em criatividade e inovação pela Universidade Fernando Pessoa em Portugal, tem MBA em Design Estratégico pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM/SP) e uma pós-graduação em Psicologia Transpessoal pela Unipaz/SP. Além disso, é consultor de empresas das áreas de bem-estar, beleza e decoração e mobiliário. Inclusive, o estúdio de design de interiores e desenvolvimento de produtos que dirige foi destacado entre os 100 escritórios criativos mais importantes da America Latina pela revista Architectural Digest. Recebeu o Prix Versailles Continental, prêmio francês chancelado pela Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (Unesco) aos profissionais de design de interiores que atual em prol do desenvolvimento sustentável. Além disso, representou o Brasil na Braderie de l’Art (BDA), o maior festival de reciclagem do mundo, na França. Participou também, como palestrante convidado, na cidade de Hangzhou onde apresentou seus projetos e metodologia criativa.

Sobre a Editora São Paulo

Desde 1995, a Editora Senac São Paulo publica conteúdos voltados ao desenvolvimento profissional nas áreas de Gastronomia, Moda, Educação, Beleza e Estética, Turismo e Hospitalidade, Comunicação, Marketing, Design, Arquitetura, Saúde e Tecnologia da Informação. Hoje, seu catálogo possui mais de 1.000 títulos, presentes em todas as plataformas e livrarias.

A atuação da Editora reafirma o propósito compartilhado com o Senac São Paulo que é o de disseminar, por meio de suas publicações, conhecimento para o trabalho em atividades do comércio de bens, serviços e turismo, sempre visando desenvolver profissionais com autonomia, sem perder de vista valores como a ética, o compromisso social, a inovação e o desenvolvimento sustentável.

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Cultura

Instituto Biomob lança Censo da Diversidade Funcional

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O levantamento será realizado através da coleta de dados abertos e disponíveis nos órgãos e de um estudo de amostragem nas principais comunidades dos municípios.

O Instituto Biomob – Observatório da Diversidade e Inclusão, dedicado à causa da pessoa com deficiência e de outras maiorias minorizadas, como mães solo, pessoas LGBTI+ e jovens em situação de vulnerabilidade, acaba de lançar o Censo da Diversidade Funcional. O objetivo é obter um diagnóstico da acessibilidade nos municípios brasileiros, mapeando a quantidade de pessoas que necessitam de atendimento diferenciado e as instituições de apoio às pessoas com deficiência (na Biomob, chamadas de pessoas com “diversidade funcional” ou “neurodiversa”). Para a ampliação do projeto, que contempla inicialmente 27 cidades de todas as regiões do País, o Instituto está em busca de parceiros.

O levantamento será realizado através da coleta de dados abertos e disponíveis nos respectivos órgãos (CAGED, PNS, CADÚNICO, CENSO ESCOLAR E IBGE) e de um estudo de amostragem nas principais comunidades dos municípios, seguindo sua divisão geográfica. Serão 10 indicadores, alimentados em tempo real e de acordo com a periodicidade de suas atualizações. A ideia é dividir em duas análises iniciais: a quantidade de pessoas com diversidade funcional e a quantidade de neurodiversas.

“Queremos entender a realidade da diversidade funcional e quais são as principais dificuldades que estas pessoas enfrentam atualmente. Sabemos que a acessibilidade é um grande desafio a ser enfrentado e que algumas estatísticas disponíveis hoje não correspondem à realidade da sociedade brasileira”, afirma Valmir de Souza, COO da Biomob.

Dados do IBGE da Pnad Contínua 2022 dão conta que, à época, cerca de 18,6 milhões de pessoas de 2 anos ou mais de idade do país (ou 8,9% desse grupo etário) tinham algum tipo de deficiência. Do total 47,2% tinham 60 anos ou mais de idade. Os números, entretanto, podem ser ainda maiores. Souza cita, como exemplo, as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

No Brasil, ainda não há dados reais sobre o percentual da população TEA. As estimativas oficiais dão conta que o transtorno está presente em 2 milhões de brasileiros, mas podem ser conservadoras, pois muitos não recebem o diagnóstico correto na infância e atingem a vida adulta sem saber que são neurodiversos. “Se aplicarmos o percentual estimado nos EUA (2,8%) na população brasileira, o número pode chegar a quase 6 milhões de pessoas” ressalta.

De acordo com Souza, o diagnóstico mais preciso e que diferencie o tipo de deficiência física, sensorial, mental, múltipla e Doença rara) é essencial para que haja uma inclusão maior destas pessoas na sociedade. “Pretendemos criar um índice de inclusão, que envolva aspectos como Educação; Saúde, Emprego; Mobilidade; Cultura; Lazer; Participação social na política ou na sociedade civil organizada; Moradia; Turismo e Varejo”, enumera ao lembrar que a inclusão e acessibilidade em locais não deve ser voltada para pessoas apenas com dificuldade de locomoção, mas envolvem outros aspectos.

“O ideal é entregar um ambiente onde todos se sintam confortáveis e verdadeiramente atendidos de acordo com suas necessidades. Existem lojas que apresentam diferenciais como piso tátil e atendimento em libras, mesas e cadeiras adaptadas para pessoas com nanismo e obesas, mobiliários com altura adequada para cadeirantes, placas de sinalização em braile e banheiro com acessibilidade, além de um ambiente que não gere desconforto para pessoas com TEA, por exemplo”, afirma o COO do Biomob.

Além das mudanças físicas, os estabelecimentos precisam também capacitar seus colaboradores. “É preciso implementar práticas voltadas à acessibilidade atitudinal, que contempla ações focadas na quebra da barreira social entre as pessoas. Seja na forma correta de se referir a uma determinada condição, saber ouvir ou evitar constrangimentos, por exemplo”, explica.

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Cultura

Casa Raça e Negra Rosa: Celebração da Beleza Negra em Encontro Inspirador

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Evento com Rosângela Silva discute empreendedorismo e beleza na sede da Models Black em São Paulo

Na próxima segunda-feira, 29 de julho, a Casa Raça abrirá suas portas para mais uma edição especial, desta vez intitulada “Casa Raça e Negra Rosa”. A iniciativa, fruto da parceria entre a agência de modelos Models Black e a Revista Raça, oferece um espaço de convivência negro com encontros semanais que abordam temas como empreendedorismo, moda e beleza, através de workshops e palestras com especialistas.

Neste encontro, a CEO da marca Negra Rosa, Rosângela Silva, compartilhará sua inspiradora trajetória no bate-papo mediado por Leia Abadia, CEO da Preta Brasileira Cultural. Rosângela, pioneira na criação de uma marca de cosméticos digital focada em beleza negra no Brasil, discutirá os desafios e sucessos de sua jornada empresarial, oferecendo insights valiosos para os participantes. A editora de moda da Revista Raça, Ana Paula Fernandes, também participa da roda de conversa.

“A expectativa para este evento é muito alta, pois acreditamos que a história da Rosângela Silva é um exemplo poderoso de resiliência e inovação no mercado de beleza. A Casa Raça está comprometida em proporcionar um ambiente onde essas histórias possam ser contadas e ouvidas, inspirando e empoderando a comunidade negra,” afirma Felipe Monteiro, diretor da agência de modelos Models Black.

Os interessados em participar desta edição especial devem se inscrever através do Instagram da Models Black (@agenciamodelsblack). O evento promete ser uma tarde enriquecedora de troca de experiências e conhecimentos, refletindo o compromisso da Casa Raça com a inclusão e a diversidade.

Serviço:

Casa Raça

Data: 29/07/2024

Horário: 14h

Local: Rua Monsanto 84, Vila Madalena

Inscrições: Instagram da Models Black (@agenciamodelsblack)

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Cultura

Arte com os Pés: Conheça a história de superação de Adolfo Neto

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Em meio aos desafios que a vida impõe, algumas histórias de superação ganham destaque por sua força e capacidade de inspirar. Este é o caso de Adolfo Neto, um artista nascido em Carlos Chagas, MG que encontrou na pintura uma forma singular de expressão, superando as limitações impostas pela paralisia cerebral.

Adolfo convive com a paralisia cerebral desde o nascimento, condição que o impede de usar as mãos para pintar. Em vez de deixar que essa limitação definisse sua vida, Adolfo transformou o que muitos veriam como um obstáculo em uma poderosa ferramenta de expressão artística: seus pés. Cada pincelada é fruto de um esforço concentrado e serve como um testemunho da resiliência e dedicação que marcaram sua trajetória.

Adolfo faz parte da Associação dos Pintores com a Boca e os Pés, uma organização que oferece apoio e visibilidade a artistas que enfrentam desafios físicos semelhantes. Nesse espaço, ele encontrou não apenas um meio de compartilhar sua arte, mas também de crescer profissionalmente. A associação tem desempenhado um papel crucial na divulgação de sua obra e na conexão com outros artistas que compartilham experiências semelhantes.

A formação artística de Adolfo foi enriquecida por quatro anos de estudo em Belo Horizonte sob a tutela do renomado artista Euvécio Moraes. Esta experiência foi fundamental para o seu desenvolvimento técnico e criativo, ampliando suas habilidades e visão artística.

Na esfera pessoal, Adolfo compartilha sua vida com Fabiana Vargas, sua esposa. Fabiana, que também tem paralisia cerebral e é cadeirante, desempenha um papel vital na rotina de Adolfo, ajudando-o nos momentos de espasmos musculares. Em contrapartida, Adolfo auxilia Fabiana em sua locomoção, exemplificando uma parceria que transcende desafios físicos.

Recentemente, Adolfo alcançou um marco significativo em sua carreira: seu perfil no Instagram, “Arte Com Os Pés”, experimentou um crescimento exponencial, passando de 200 para 95 mil seguidores. A plataforma tem sido um canal essencial para a divulgação de sua arte, permitindo que sua história de superação alcance e inspire um público cada vez maior.

Adolfo utiliza sua arte como um meio de encorajar outras pessoas a perseguirem seus sonhos, independentemente das dificuldades enfrentadas. “Acredito que, com determinação e paixão, podemos transformar qualquer obstáculo em uma oportunidade de crescimento e realização”, afirma o artista.

Para aqueles que desejam acompanhar a jornada de Adolfo Neto e se inspirar em sua criatividade e resiliência, ele convida todos a seguirem seu perfil no Instagram, @ArteComOsPés. Lá, ele compartilha não apenas suas obras de arte, mas também um testemunho contínuo de superação e dedicação. A história de Adolfo é um poderoso lembrete de que, mesmo diante das maiores dificuldades, a arte e a determinação podem abrir caminhos para novas possibilidades e conquistas.

A trajetória de Adolfo Neto não apenas redefine as noções de limitação e capacidade, mas também reforça a ideia de que o verdadeiro potencial humano reside na habilidade de se adaptar e prosperar frente às adversidades.

Descubra mais em – https://www.instagram.com/_artecomospes

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