Tecnologia
Confira as principais notícias dos mercados de tech, negócios e startups
Changelly chega ao Brasil oferecendo taxa zero de serviço na compra de criptomoedas através de PIX
A Changelly, plataforma global de troca instantânea de criptomoedas, anuncia o lançamento de sua operação no Brasil, oferecendo aos usuários do país recursos locais (aplicativo, interface, site) e suporte em português 24 horas por dia, 7 dias por semana. A empresa já atendeu mais de 7 milhões de pessoas em todo o mundo com seu serviço de trocas seguras e eficientes tanto de criptomoedas para criptomoedas quanto de moeda fiduciária para criptomoedas.
Tecnologia para o varejo
Com foco no desenvolvimento de soluções tecnológicas que otimizem a trajetória de compra do consumidor dentro do supermercado, a Nextop lançou uma versão inédita do seu carrinho inteligente, que passa a ser equipado com uma balança de precisão capaz de identificar e pesar frutas, legumes e verduras. Em expansão por todo território nacional, as soluções da Nextop estão presentes em 400 lojas de supermercados e a expectativa é que até o final de 2024 a empresa tenha pelo menos mais 20 novas redes supermercadistas entre seus clientes.
BCB Business Day
A RX, empresa organizadora do BCB São Paulo, encontro do setor de bebidas que reúne profissionais de diferentes países, anuncia um novo formato para a próxima edição do evento. Agora, ele será realizado em três dias, sendo o último deles o BCB Business Day, voltado para profissionais com interesse em fazer negócios com as marcas expositoras. O dia exclusivo para negociações também contará com uma programação educacional qualificada, incluindo palestras temáticas de gestão, mercado e tendências ministradas por executivos e especialistas com experiência na área.
Crescimento do E-sport destaca necessidade de nutrição adequada
Marcos Guerra, CEO do Team Solid, alerta sobre a importância da nutrição para o desempenho de profissionais do universo de jogos eletrônicos. Assim como os atletas tradicionais, os gamers também precisam de dietas equilibradas e suplementação adequada, sendo, portanto, um mercado importante para empresas de nutrição esportiva que buscam ampliar sua atuação investindo na saúde dos e-atletas. De acordo com estudo da Newzoo, a profissionalização dos e-sports deve levar o setor a alcançar um faturamento de US$211,2 bilhões em 2025.
Reconhecimento facial na Arena das Dunas
A Bepass iniciou a implantação do reconhecimento facial na Arena das Dunas, em Natal, ampliando sua atuação que já inclui os estádios do Maracanã, Nilton Santos e Allianz Parque. A tecnologia de biometria facial promete revolucionar a segurança e o conforto dos torcedores, permitindo acesso seguro aos estádios em até 3 segundos e facilitando a identificação das pessoas em meio a situações de segurança. Com a Lei Geral do Esporte, que obriga estádios acima de 20 mil pessoas a adotarem esse recurso em até dois anos, a Arena das Dunas se prepara para ser pioneira no Rio Grande do Norte. Segundo Ricardo Cadar, fundador da Bepass, o processo de implementação durará 60 dias e transformará o estádio em referência no uso de biometria facial.
Trust Control lança ferramenta inovadora em BH
A Trust Control, líder em cibersegurança nas regiões Norte e Nordeste do país, anuncia o lançamento de uma ferramenta inovadora para monitorar 24 horas por dia os sistemas das empresas e protegê-las contra invasões, roubo ou sequestro de dados. Batizada de Security Operations Center (SOC 360º), a ferramenta é um centro de operações para detecção, resposta e prevenção de ameaças cibernéticas em tempo real, e foi apresentada a empresários de Belo Horizonte durante um evento na última semana. A Trust Control investiu R$ 1 milhão no SOC 360º, em parceria com empresas como IBM, Tenable, Picus e Axur.
IAS amplia recursos de medição de anúncios digitais em plataformas da Amazon
A Integral Ad Science (IAS), plataforma global de medição e otimização de mídia, expandiu os recursos de geração de relatórios e insights disponibilizados para as campanhas digitais adquiridas na Amazon DSP (Demand Side Platform). Por meio de integração S2S (server-to-server) com a plataforma de compra programática de mídia, os anunciantes agora contam com acesso a novas métricas da IAS em suas personalizadas na Amazon e inventários de mídia no Twitch. Os recursos incluem medições de visibilidade de anúncio (Viewability), de Tráfego Inválido (IVT) e de proteção e de adequação de marca (Brand Safety e Brand Suitability).
Milhões de litros de água economizados
Em um país em que mais de 40% da água captada é desperdiçada antes de chegar ao seu destino, a T&D Sustentável, startup focada na economia de água em empresas, condomínios, hotéis e hospitais, alcançou a marca de 610 milhões de litros economizados em seis anos de atuação. Com presença em mais de 45 cidades brasileiras, a empresa tem como objetivo chegar a 1 bilhão de litros poupados até 2025. Os estados com maior destaque foram o Rio de Janeiro, com 268 milhões de litros economizados, seguido por Bahia (113), São Paulo (90), Rio Grande do Norte (64), Distrito Federal (49) e Minas Gerais (26).
Nuvei recebe Prêmio Smart Customer 2024 por ação no GP São Paulo de Fórmula 1
A Nuvei, fintech canadense patrocinadora da equipe Mercedes-AMG PETRONAS, acaba de receber o Prêmio Smart Customer 2024 na categoria Marketing de Relacionamento, que reconhece práticas empresariais de Customer Experience. A ação de marketing de relacionamento que rendeu à Nuvei esta honraria foi realizada durante o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 de 2023, realizado em São Paulo. Na ocasião, clientes e parceiros da fintech desfrutaram de uma experiência exclusiva, que incluiu assistir à corrida e aos treinos, visitar os boxes, participar de reuniões da equipe e tomar café da manhã com membros da Mercedes. Além disso, foram oferecidas experiências gastronômicas em renomados restaurantes de São Paulo, como D.O.M., Urus e Charco, especializados na culinária brasileira.
Zallpy Digital é destaque da Sprint Clutch 2024
A Zallpy Digital, especializada no desenvolvimento de soluções digitais personalizadas para empresas de grande porte, foi reconhecida nas categorias “Champion” e “Global” na premiação Spring Clutch 2024, se destacando também nas categorias “Big Data Operations & Processing Company”, “AI Consulting Company” e outras quatro categorias do ranking de tecnologia. A Clutch é o principal mercado global de provedores de serviços B2B. Para Marcelo Castro, CEO da Zallpy Digital, que considera a inovação como uma das principais características da empresa, a premiação demonstra que estão no caminho certo. “Esse reconhecimento é mais um incentivo para continuarmos a entregar resultados excepcionais, com qualidade e agilidade, na transformação digital de nossos clientes”.
SPFC e startup Spoten lançam app para o time masculino de basquete
O São Paulo Futebol Clube lançou seu primeiro aplicativo para o time masculino de basquete. Em parceria com a startup Spoten, a tecnologia visa modernizar a interação com os torcedores durante a temporada de 2024. A plataforma oferece uma solução completa, permitindo aos fãs acessarem notícias da equipe, adquirir ingressos para os jogos e realizar compras em um marketplace integrado. Segundo Ivan Sene, fundador da Spoten, o aplicativo tem expectativa de 2 a 5 mil downloads nos primeiros dias e facilitará a comunicação com os torcedores, enviando notificações de push nos dias das partidas. Além de aumentar o engajamento, o clube espera gerar novas receitas. O app é gratuito e está disponível na Play Store e Apple Store.
Tecnologia
IA redefine a eficiência e rentabilidade do agronegócio brasileiro
Produção de alimentos precisa aumentar 60% até 2050, segundo a FAO (ONU)
Conforme estimativas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), há uma necessidade de aumentar a produção de alimentos em 60% até 2050, tornando urgente a adoção de novas tecnologias para alimentar uma população crescente.
A agricultura está passando por uma revolução digital impulsionada pela tecnologia e, (é claro), pela inteligência artificial (IA). Empresas do agronegócio estão utilizando essas ferramentas inovadoras para enfrentar desafios críticos, aumentar a produtividade e garantir a sustentabilidade de suas operações.
A inteligência artificial está transformando a produção agrícola em todas as etapas, desde o plantio até a colheita. Para otimizar a produção e colher ainda mais frutos, empresas de agronegócio têm abraçado e investido em inovações tecnológicas, como a IA.
Benefícios econômicos da IA no agronegócio
Utilizando dados gerados pelos processos já utilizados de agricultura de precisão, a IA pode ajudar a aumentar a produtividade, redução de custos, e os algoritmos otimizam a aplicação de insumos agrícolas, reduzindo desperdícios.
“A IA ajuda a prever a demanda do mercado, por evitar o volume inadequado de aplicação de defensivos e outros insumos, e automatiza processos de seleção e classificação de produtos. Além disso, a análise de dados históricos permite prever eventos climáticos e oscilações de preço, ajudando produtores a proteger sua rentabilidade. Com este crescimento, o agronegócio brasileiro se torna mais eficiente e atrativo para investidores”, declara o especialista em dados e inovação e professor de MBA da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Kenneth Corrêa.
Desafios do setor agrícola e as soluções de IA
O setor agrícola enfrenta desafios significativos, como a necessidade de aumentar a produtividade das lavouras, lidar com a imprevisibilidade das condições climáticas, a escassez de mão de obra e a volatilidade dos preços.
Segundo o especialista, ferramentas como a Agrotools utilizam IA e big data para monitorar lavouras e fornecer recomendações automatizadas, otimizando o uso de recursos como água e defensivos agrícolas.
5 exemplos de soluções de IA aplicadas ao agronegócio
Startups Strider: aplica a IA para avaliar o status da lavoura com base em imagens de satélite, eliminando a necessidade de amostragens manuais.
Grão Direto: ferramenta que acompanha em tempo real as variações do mercado de soja e milho, identificando tendências de demanda e precificação. Assim, o produtor consegue tomar melhores decisões de comercialização da safra.
Climatempo: usa a IA para gerar previsões meteorológicas locais e precisas para os agricultores.
Solinftec: proprietária do sistema que monitora o desempenho das máquinas em tempo real e um assistente virtual que processa dados de diversas fontes e envia recomendações para o celular do produtor.
Benson Hill: utiliza IA em seu processo de Pesquisa & Desenvolviento (P&D) para desenvolver novas variedades de sementes.
Esses exemplos mostram como a IA transforma dados em insights acionáveis para os produtores, facilitando a tomada de decisões e otimizando processos agrícolas. Ao transformar imagens de satélite em avaliações precisas da lavoura, acompanhar as variações do mercado em tempo real, prever condições climáticas com alta precisão, monitorar máquinas agrícolas e desenvolver novas sementes, a IA revoluciona o agronegócio.
Mas não são apenas as soluções individuais que estão mudando o cenário. As empresas e startups de tecnologia estão desempenhando um papel crucial nesse processo, criando um ecossistema inovador que impulsiona o setor agropecuário para um novo patamar.
Como as empresas e startups de tecnologia estão ajudando nesse cenário?
As empresas e startups de tecnologia estão ajudando a impulsionar a transformação digital dos processos do agronegócio ao integrar inteligência artificial (IA) em diversas operações agrícolas.
Um exemplo notável é um grande grupo multinacional sucroenergético, uma das maiores produtoras de açúcar e etanol do país. A empresa implementou o Centro de Operações Agroindustriais (COA), uma iniciativa interna desenvolvida com o suporte da Keyrus, multinacional líder em consultoria de inteligência de dados e transformação de negócios, para unificar suas áreas agrícola e industrial, prevendo uma economia de R$ 25 milhões por ano.
“A implementação de uma plataforma de dados robusta permitiu que o centro de operações tivesse acesso a informações em tempo real, facilitando a tomada de decisão e aumentando a produtividade e reduzindo custos operacionais”, afirma o Diretor da Keyrus, Rodrigo Cruz.
Cruz também afirma que a demanda por esses serviços dentro da multinacional tem se destacado. “A inteligência artificial pode ser aplicada, desde processos mais simples, como uma gestão de documentos ou uma assistente virtual, até projetos mais sofisticados onde a gente faz a leitura de imagens em tempo real para identificação de pragas”, pontua.
Para Kenneth, essa parceria exemplifica como a combinação de expertise tecnológica e conhecimento industrial pode resultar em ganhos significativos de eficiência e economia para o setor agrícola.
Segurança da informação na implementação da IA
Apesar dos benefícios, a efetivação da IA na agricultura levanta questões de segurança da informação. A privacidade e a segurança dos dados coletados e fornecidos aos modelos de inteligência artificial são preocupações críticas, assim como a propriedade e o controle sobre essas informações.
“Grandes empresas de tecnologia estão se tornando as ‘donas’ das plataformas de dados, levantando preocupações sobre a autonomia dos produtores. É necessário garantir que os dados dos produtores sejam protegidos contra uso indevido. Além disso, os modelos estão se tornando muito mais baratos de serem implementados, permitindo que pequenos e médios produtores tenham acesso às tecnologias”, acrescenta Corrêa.
De acordo com Kenneth, o futuro do agronegócio inclui o uso crescente de robôs e maquinários autônomos, integração com IoT e blockchain, e IA acessível para agricultores. No entanto, “produtores devem investir em educação e capacitação digital, coletar e organizar dados da fazenda, cultivar parcerias com startups e instituições de pesquisa, sem esquecer da importância da segurança dos dados. A colaboração e a inovação são chave para aproveitar ao máximo as vantagens da IA no agronegócio.” conclui.
Kenneth Corrêa
Especialista em dados, inteligência artificial e Metaverso. Professor de MBA da FGV, professor da Avado Learning, na Inglaterra, e palestrante TEDx. É Diretor de Estratégia da Agência 80 20 Marketing, que tem um time de 90 pessoas, e há 15 anos desenvolve e monitora projetos de marketing e tecnologia, atendendo empresas como AEGEA, Suzano e Mosaic Fertilizantes. Saiba mais: https://www.kennethcorrea.com.br/
Keyrus
A Keyrus é uma consultoria internacional especialista em Inteligência de Dados e Transformação Digital, dedicada a ajudar as empresas a melhorar seu desempenho, facilitar e acelerar sua transformação e gerar novos direcionadores de crescimento e competitividade. Colocamos a inovação no centro de nossas estratégias, apresentando propostas de valor baseadas numa combinação de cinco áreas principais e convergentes de especialização:
. Automação e inteligência artificial: fornecemos aos nossos clientes os meios para melhorar a produtividade e a precisão em todos os processos empresariais. Dessa forma, as empresas adquirem conhecimentos e podem tomar as melhores decisões.
. Experiência digital centrada no ser humano: a relação com os clientes e o envolvimento dos funcionários constituem dois dos maiores fatores de sucesso global do negócio. Ajudamos as empresas a imaginarem e criarem experiências digitais multimodais para alcançarem seus objetivos.
. Capacitação de dados e análises: os dados são inquestionavelmente a chave para o sucesso das empresas. Quando utilizados de forma inteligente, abrem oportunidades para enfrentar desafios presentes e futuros.
. Cloud e segurança: dados na nuvem e plataformas digitais têm potencial de rever a forma como os dados são traduzidos em valor, ao mesmo tempo que trazem escalabilidade e flexibilidade aos negócios.
. Transformação empresarial e inovação: para prosperar no ecossistema atual, as organizações precisam não apenas acelerar sua transformação digital, mas também adquirir competências para aumentar a adaptabilidade, resiliência e competitividade.
Presente em mais de 22 países em quatro continentes, o Grupo Keyrus conta com 3.000 colaboradores. Para saber mais, acesse keyrus.com/latam/pt e siga-nos no LinkedIn em https://www.linkedin.com/company/keyrus
Tecnologia
A IA generativa irá certamente lhe ajudar, porém serão necessários cuidados adicionais de cibersegurança
Incremento será necessário para integrar proteção a novas superfícies de ataque, como prompts ou camadas de orquestração
Ao analisar as principais tendências recentes de segurança cibernética e orientar as ações que os CISOs devem tomar para permitir uma jornada segura da inteligência artificial generativa em suas organizações, os especialistas que participaram do Gartner Security & Risk Management Summit, evento que aconteceu em Sydney, na Austrália, chamaram a atenção para o fato de que essa nova tecnologia exigirá cuidados adicionais e o desenvolvimento de novos recursos de segurança cibernética, podendo resultar em um aumento de até 15% no volume de investimentos em cibersegurança.
Ao falar sobre o assunto, o Analista Diretor Sênior do Gartner, Richard Addiscott, explicou que os CISOs devem atualizar as práticas de segurança de aplicativos e dados para integrar novas superfícies de ataque, como prompts ou camadas de orquestração, para instrumentar modelos de IA.
Para o Fernando Guimarães, Head da Stone Age, vertical de negócios de Crédito e Antifraude da TIVIT, a estimativa pode ser até conservadora à medida em que, além da necessidade de proteger aplicações que trabalham com IA generativa, existe uma tendência de que cada vez mais a IA Generativa seja integrada em ferramentas de combate aos fraudadores. Os benefícios da IA Generativa são inquestionáveis e com um potencial enorme de crescimento, no entanto, tais benefícios devem ser acompanhados com cuidados e investimentos de cyber segurança. “O resultado líquido será na maioria dos casos muito positivo, porém não existe almoço grátis”, afirma Guimarães.
Ele comenta que este movimento foi realizado pela própria Stone Age com a incorporação da solução de inteligência artificial generativa Athena, desenvolvida pela TIVIT nas suas soluções. No início de 2024, a tecnologia passou a ser oferecida como uma nova funcionalidade presente no Identify, produto focado na validação de identidade para processos de onboarding e vendas.
Lançada em dezembro do ano passado pela TIVIT, a Athena permite ao Identify realizar, entre outras coisas, a leitura inteligente dos dados de um contrato social em 30 segundos de forma automática. Além disso, extrair destes documentos informações estruturadas, as quais imediatamente se transformam em insights colaborativos para alimentar a esteira de dados que viabiliza uma tomada de decisão mais efetiva e rápida.
Guimarães comenta que a adoção da Athena confere à Identify novas funcionalidades que tornam a jornada de utilização da ferramenta muito mais completa. Na prática, de acordo com ele, agora a empresa tem uma versão 2.0 que consegue avançar no sentido da eficiência operacional, com a redução da intervenção manual, aumento da assertividade nas decisões, além de atuar na diminuição de custos, com a viabilidade de trabalhar com equipes de atendimento e análise menores.
“Acredito que este tipo de ganho possa ser disseminado por diversas outras soluções no mercado. Desta forma, considerando os benefícios trazidos pela IA Generativa para a cibersegurança, o aumento de investimentos para incrementar o uso dessa tecnologia se torna plenamente justificável”, conclui.
Uma alternativa para o uso da IA de forma mais segura, é utilizar soluções que sejam customizáveis para a necessidade da empresa. Segundo Daniel Galante, CCO e CPO da TIVIT a AI veio para tornar os processos e empresas mais ágeis, contudo, é preciso utilizar de maneira muito assertiva. “Imaginem um grande escritório de advocacia, que atende a importantes clientes e que todos os advogados ficam imputando dados dos clientes e dos processos em um ambiente 100% aberto, que pode se tornar público. Isso poderia gerar um grande problema tornando esses dados expostos para o público em geral. Uma alternativa para isso é usar uma AI Generativa que seja customizável, como a Athena por exemplo, em que o cliente pode selecionar quais serão as bases de consultas, tornar todos os dados expostos somente nos locais pré-determinados e com os acessos restritos a quem deva realmente ter. Essa é a melhor forma de utilizar a AI, trazendo o ganho de agilidade que ela possui, mas ao mesmo tempo a segurança necessária para um processo como este” afirma Galante.
Tecnologia
Como o Open Finance pode promover a democratização ao acesso bancário? Especialista comenta principais pontos
83% dos bancos estão priorizando a experiência do cliente como forma de diferenciação, diz pesquisa da Deloitte com Febraban
O Open Finance está transformando o setor financeiro, promovendo uma revolução na maneira como os serviços bancários são oferecidos e acessados. A democratização do acesso bancário, uma das principais promessas do Open Finance, tem o potencial de incluir milhões de pessoas no sistema financeiro, oferecendo a elas novas oportunidades, benefícios e serviços mais personalizados.
Esse movimento de transformação também é evidenciado na pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024, realizada pela Deloitte e Febraban, que revela que 83% dos bancos estão priorizando a experiência do cliente como forma de diferenciação e direcionando os investimentos em tecnologia para este propósito. Este dado demonstra como o foco na experiência do cliente está se tornando pauta central na estratégia dos bancos, impulsionado pelo avanço do Open Finance.
Segundo o CEO da Lina Open X, Alan Mareines, à medida que o conceito e os benefícios do Open Finance são entendidos, cresce a disposição dos brasileiros em compartilhar seus dados financeiros. Isso se reflete no rápido crescimento do Open Finance no Brasil.
Para entender como essa ferramenta, que consolida todas as informações financeiras em um só lugar, democratiza o setor bancário, consultamos o especialista Alan Mareines, que destacou os principais pontos.
Open Finance democratiza o setor financeiro de quatro formas:
1) Inclusão financeira: para Alan, o Open Finance pode reduzir barreiras de entrada para indivíduos que tradicionalmente não têm acesso aos serviços bancários. “Com a capacidade de compartilhar dados financeiros, instituições menores e fintechs podem oferecer produtos e serviços personalizados, muitas vezes com taxas mais baixas e menos burocracia. Isso beneficia especialmente as populações de baixa renda e aquelas em áreas remotas”, comenta.
2) Transparência e competição: com o compartilhamento de dados, os consumidores têm a possibilidade de comparar mais facilmente os serviços e taxas oferecidos por diferentes instituições. Isso aumenta a competição entre bancos e fintechs, incentivando a melhoria dos serviços e a redução de custos, tornando-os mais acessíveis.
“Em paralelo, quanto mais informações o sistema possui, a partir do histórico financeiro do cliente, mais personalização o Open Finance tem a oferecer, enviando com mais precisão as ofertas de crédito ou de produtos que de fato fazem sentido para o cliente. Esse é um dos grandes diferenciais do sistema”, analisa o CEO.
3) Inovação em serviços financeiros: Mareines observa que o ambiente de Open Finance estimula a inovação, permitindo que novas empresas desenvolvam soluções financeiras criativas e eficazes. “Essas inovações podem incluir desde aplicativos de gestão financeira até novos modelos de crédito, adaptados às necessidades específicas de diferentes segmentos da população”, afirma.
4) Educação e conscientização financeira: ao facilitar o acesso a informações financeiras, o Open Finance também pode desempenhar um papel importante na educação financeira dos consumidores. “Com mais informações à disposição, as pessoas podem tomar decisões mais informadas sobre suas finanças, o que é crucial para a inclusão financeira sustentável”, declara Alan.
Para o CEO, são inúmeras as possibilidades que o Open Finance proporciona aos usuários. “Com a sua adesão feita diretamente pelos aplicativos de bancos, as pessoas podem visualizar o saldo de outras instituições financeiras e receber avisos sobre o cheque especial, por exemplo. Podem também receber recomendações de investimentos mais rentáveis e ofertas de crédito e financiamentos com taxas mais atraentes”, pontua.
Desafios da democratização
Embora o potencial do Open Finance para democratizar o acesso bancário seja significativo, existem desafios a serem superados. A segurança dos dados é uma preocupação central, pois o compartilhamento de informações sensíveis exige robustas medidas de proteção e regulamentações rigorosas. Além disso, é essencial garantir que todos os participantes, especialmente os consumidores, compreendam como seus dados estão sendo utilizados e os benefícios que isso traz.
É importante deixar claro que a segurança é uma prioridade no Open Finance. “O sistema utiliza protocolos robustos de segurança e criptografia para proteger os dados dos usuários. Além disso, as instituições participantes devem seguir rigorosos padrões regulatórios estabelecidos pelo Banco Central, garantindo a privacidade e a proteção das informações dos consumidores”, conclui Mareines.
A implementação do Open Finance já é uma realidade e o seu sucesso na totalidade depende de um esforço conjunto entre instituições financeiras, reguladores e consumidores. Ao democratizar o acesso, promovendo a inclusão, a transparência, a inovação e a educação financeira, o Open Finance transformará a vida de milhões de pessoas, oferecendo-lhes acesso a serviços financeiros de qualidade. Somente assim será possível criar um sistema financeiro mais abrangente, completo e acessível para todos.
Lina Open
A Lina nasceu com o objetivo de construir soluções tecnológicas para apoiar instituições financeiras e seguradoras brasileiras em todas as necessidades relacionadas ao ecossistema de compartilhamento de dados e serviços do Open Finance. A empresa, que começou seus trabalhos no Open Banking, já é líder no Open Insurance e se consolidou como um dos mais importantes provedores de Open Finance do mercado brasileiro, sendo o parceiro estratégico de importantes instituições como B3, RTM e TecBan. Saiba mais: https://linaopenx.com.br/
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