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Liderança feminina na tecnologia: uma questão que permanece urgente

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Por Isadora Kimura*

Entre avanços e dificuldades, ainda temos muito o que refletir sobre os caminhos e desafios da liderança feminina no mercado de trabalho, sobretudo no setor de tecnologia. Uma pesquisa feita pela ManpowerGroup mostra que, no Brasil, pouco mais de um terço das empresas (37%) promovem programas internos de desenvolvimento feminino.

Em Tecnologia, a disparidade de gêneros é ainda maior. De acordo com a Pesquisa de Remuneração Total, realizada pela consultoria Mercer, no nível executivo de empresas de alta tecnologia em todo o mundo, a disparidade salarial entre os gêneros chega a 35%. Como fundadora e líder de uma startup no Brasil, acredito que a minha própria experiência pessoal seja similar a de tantas mulheres com os mesmos dilemas, por isso exponho algumas reflexões dessa jornada.

Quando cheguei ao ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica para o meu primeiro dia de aula no curso de Engenharia, me deparei com poucas pares: nós, mulheres, representávamos menos de 8% da turma. Como consequência, éramos um tanto invisíveis e estereotipadas. Não percebi o tamanho do desafio logo de cara, mas o fato é que esse ambiente predominantemente masculino influenciou meu comportamento durante anos, permeando também as minhas primeiras experiências profissionais com comportamentos considerados tipicamente “masculinos”, como assertividade, confiança, ambição e racionalidade. À época, parecia ser a única maneira possível de ser ouvida, respeitada e pertencente ao grupo. Com o tempo e a exposição a referências mais diversas, pude me reconectar com uma identidade profissional mais plural e genuína, exercendo sem medo uma liderança que também fortalece outras características, como empatia, emotividade e intuição.

Já se sabe que líderes mulheres costumam ter mais soft skills – a famosa inteligência emocional –, com características como empatia e resiliência mais afloradas. Para cargos de liderança, essas habilidades são até mais importantes que as competências técnicas. E fazem toda a diferença na hora de navegar por situações críticas. Nós, mulheres, temos uma facilidade maior de engajar pessoas em prol de uma causa ou propósito. E isso não é diferente para as empresas de tecnologia, onde a esmagadora maioria da liderança ainda é composta por homens.

Já existem evidências de que o comando feminino tem a capacidade de aumentar a eficiência em uma organização. Mulheres pontuam melhor que homens em 11 de 12 habilidades socioemocionais-chave, como profissionalismo, colaboração, comunicação e pensamento crítico, de acordo com o Hay Group. Sabe-se também que mulheres em cargos de liderança mostraram mais eficiência durante a crise sanitária mundial.

Entretanto, não podemos nos enganar. Mesmo com muitos avanços, as mulheres continuam precisando fazer mais e melhor para conseguirem as mesmas oportunidades que seus pares homens. Na Tecnologia, em que ainda predomina uma cultura do “Clube do Bolinha”, existem conversas que não casam e eventos de networking pensados para o público masculino, do tipo “Poker Night com Charuto”,  onde as mulheres são desconvidadas ou desencorajadas a participar. Para completar, a maioria dos gestores no mercado são homens, com viés de promoção e mentoria para os seus pares. Isso nos leva a uma falta de modelos de comportamento femininos, com líderes mulheres que possam inspirar e mentorear as demais.

Por que o setor de tecnologia deveria agilizar o equilíbrio entre os gêneros? 

Existe um argumento incontestável para que o mundo das empresas de tecnologia invistam e agilizem a maior equidade entre os gêneros nas altas posições: o fator econômico. Com menos vieses de contratação e promoção para o gênero masculino, mais mulheres cis e trans com altíssimo potencial e performance poderão se destacar, alçando as empresas a melhores resultados. Um estudo da consultoria Mckinsey aponta que empresas que disseminam diversidade e inclusão têm lucros 35% maiores do que as demais. Para além do valor social, cultural e humano, a promoção da diversidade – e da liderança feminina – fomenta o engajamento e a maior realização de cada pessoa no ambiente de trabalho.

É também inegável que times mais diversos servem melhor às necessidades complexas da nossa sociedade. No Brasil, bons exemplos de novas empresas de tecnologia com as mulheres à frente são justamente focadas na saúde feminina, como Theia, Oya Care e Bloom Famílias. Elas movimentam milhões e só existem por conta da criação de times diversos, que conhecem essa temática a fundo.

Outra questão que precisa ser discutida é a diversidade de pensamento e de experiências que a visão da liderança feminina traz ao setor. Novas perspectivas são o combustível de novas soluções, e é disso que as empresas de tecnologia precisam. Gosto muito do livro “Mulheres Invisíveis”, de Caroline Criado Perez (Intrínseca, 2022). Para a autora, a mulher no comando produz um impacto sistêmico na estratégia e costuma trazer uma visão de mundo mais abrangente, ajudando a reduzir o viés de gênero em toda a cadeia.

Nos últimos 50 anos, houve um bom progresso, mas a caminhada é longa. Nos mercados mais maduros, como os dos Estados Unidos, a liderança feminina em tecnologia representa 20% do total, de acordo com o Women in Tech C-Level Network. Pude vivenciar essa realidade nos anos em que trabalhei no Vale do Silício, onde convivi com gestoras e colegas inspiradoras. Hoje, na Nilo, estamos investindo em uma cultura corporativa diferenciada e um time diverso, a fim de contribuirmos com a nossa parte.

As empresas de tecnologia têm um papel fundamental de identificar e ampliar o número de mulheres no comando. Entre as principais ações que eu indico, estão: investir em vagas afirmativas femininas, fazer parceria com organizações que treinam e empoderam esse público, criar processos de onboarding e mentoria que direcionem esses talentos para o sucesso e revisar os critérios de avaliação interna e de processos seletivos, para garantir uma progressão de carreira adequada.

* Isadora Kimura, fundadora e CEO da healthtech Nilo, é formada em Engenharia Mecânica Aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA e tem MBA e mestrado em Educação pela Universidade de Stanford (USA).

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Ciência

Mox Mídia do Brasil é uma das maiores empresas de marketing.

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Hoje em dia, podemos afirmar que é fundamental ter um site profissional para vender online seus produtos e serviços, além de contextualizar o público sobre a sua empresa. Além disso, para grande parte dos negócios, o segmento online representa uma quantidade significativa das vendas, tanto orgânicas quanto via campanhas.

Na Mox Mídia, toda a nossa inteligência tecnológica é voltada a desenvolver produtos ou sistemas para suprir a necessidade dos nossos clientes. Criar um website ou um sistema de gestão requer muito mais do que uma ideia ou uma equipe de programadores. Requer um time que analise os seus processos, entenda suas necessidades e construa uma solução definitiva para o seu problema.

Um website precisa ter um conteúdo único, explicativo, vendedor e bem escrito. Mas não podemos esquecer de manter a estrutura perfeito para buscadores. Este é o segundo fator mais importante para o sucesso da sua empresa no Google.

Nossa preocupação é construir uma base sólida para humanos e para a máquina, seguindo uma semântica ideal para indexar o seu site e trazer bons resultados orgânicos.

CONTATO:

Site:https://moxmidia.com.br/
E-mail: moxmidia@moxmidia.com.br
Telefone/ Whatsapp: (41) 9 9735-5599

 

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Brasil

O estado de sítio é um dispositivo burocrático definido pela nossa Constituição

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O estado de sítio é um dispositivo burocrático definido pela nossa Constituição para ser exercido em momentos em que a ordem do Estado Democrático de Direito está gravemente ameaçada. Essa medida de exceção deve ser autorizada pelo Congresso Nacional e já foi utilizada em diversos momentos de nossa história republicana.
Acesse também: Desobediência civil – conceito, surgimento e exemplo

Entendendo o estado de sítio
O estado de sítio é um dispositivo burocrático que faz parte de ações utilizadas pelos governos modernos em situações entendidas como emergenciais. É utilizado pelo governo em situações nas quais a ordem do Estado Democrático de Direito está ameaçada.

Em nosso país, o estado de sítio é uma medida de exceção do governo, e por causa disso possui prazo de atuação limitado, exceto no caso de guerra. Como medida de exceção, o estado de sítio permite que o Executivo sobressaia-se aos outros poderes (Legislativo e Judiciário). Assim, o equilíbrio entre os três poderes é afetado, pois, por ser uma medida tomada em situações de emergência, as decisões tomadas pelo Executivo devem ter ação imediata para garantir a solução do problema.

Em que situações é decretado o estado de sítio?
O funcionamento do estado de sítio no Brasil é definido pela Constituição Federal promulgada em 1988. O texto constitucional trata sobre essa questão do artigo 137 ao artigo 141. Basicamente, a Constituição brasileira define que o estado de sítio poder ser decretado em três situações:

Comoção grave de repercussão nacional;
Fracasso das medidas tomadas no estado de defesa;

Declaração de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira.
O decreto do estado de sítio só acontece se o presidente seguir o seguinte roteiro: primeiro, ele deve consultar o Conselho da República e o Conselho da Defesa. Uma vez feita a consulta (o papel dos dois conselhos é apenas opinativo), o presidente deve encaminhar pedido de estado de sítio para o Congresso Nacional.

O estado de sítio só pode ser implantado no Brasil caso seja aprovado no Congresso Nacional.
O estado de sítio só pode ser implantado no Brasil caso seja aprovado no Congresso Nacional.
O Congresso Nacional deve reunir-se em até cinco dias para votar a aprovação desse pedido. Para ser aprovado, a solicitação de estado de sítio deve ter maioria absoluta (50% +1) entre os parlamentares. Caso seja rejeitada, naturalmente, a medida não entra em vigor.

 

O estado de sítio é um dispositivo burocrático definido pela nossa Constituição.

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Música

Agência Mega Model Brasil celebra êxitos em campanhas de dia dos namorados!

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O Dia dos Namorados é uma das datas mais aguardadas pelo mercado de consumo para impulsionar vendas, ganhos, e gerar novas ações publicitárias de marketing com marcas em diversos setores. Focados em aproveitar tais datas comemorativas, e a fim de expandir ainda mais seus negócios e impulsionar a carreira de seu casting, o grupo Mega Model Brasil continua a se destacar no mercado publicitário com a intermediação e atuação em campanhas notáveis.

Com sua expertise reconhecida, o time Mega Model teve seu elenco brilhando nas ações de diversas marcas que capturaram o espírito romântico e comercial da data, trazendo um elenco de celebridades e modelos que já marcaram presença em grandes publis. Como por exemplo: a inédita para ELLUS com o jogador Endrick e sua namorada Gabriely, a campanha da marca VR Collezioni que foi estrelada pelo modelo grego Myst e sua namorada, além de Gean Frazao, Julia Esther, Sasha Schenkel e Deise Nicolau para Livo Eyewear, enquanto Ícaro Bonfim e Cynthia Santos brilharam na campanha da C&A, Ícaro Bonfim e Isadora também estiveram na campanha da VIVARA. Outros destaques incluíram João Marchioro para Mundo do Enxoval, Ivana e Hellber para Riachuelo, além de Hellber e Ivana Souza para High Stil. Caetana e seu namorado, Janna Nilson e seu namorado, Caio Moreno e Jaquelini Bertan também fizeram parte das campanhas, representando marcas como Riachuelo e Paramount Alfaiataria. Já os top models hony Willen e Jessica Feldmann participaram da campanha de Tania Bulhões, e Ícaro e Cynthia posaram para Recco. Alex Schultz e Carol Genari brilharam na campanha da High Stil, enquanto Esther Marques e seu namorado representaram a Shop2gether.

O elenco se completou com destaque para top recém chegada de Cannes Fernanda Liz e seu novo namorado para Água de Coco; Zuri e seu namorado estrelaram para Converse, Malu Andrade e Thiago Mantovani para Aeropostale, Giovana Di Cola para Humanitarian Calçados, e Vitor Badiani para Pernambucanas.

Todas os departamentos da agência trabalham em conjunto para garantir o melhor casting, cachê e negociações do seu elenco para que a entrega dessas campanhas conectem consumidor e marca com cases de forma real. Com isso, seja no varejo, no institucional, na indústria, no segmento de beleza, saúde, moda ou qualquer outro, fidelizar o trabalho de forma única com as marcas é o combustível que move a agência todos os dias.

A celebração do Dia dos Namorados, se mostrou mais uma vez, uma oportunidade perfeita para que a equipe da agência destaque a necessidade de atender as demandas do setor com seus talentos reais e de perfis diversos, também para que aumentem seus ganhos de faturamento com a data, e ainda, evidenciam a força que possuem para fechar nomes em grandes trabalhos publicitários, consolidando ainda mais sua posição de destaque no mercado da moda há quase 30 anos.

@megamodelbrasil

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