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Cultura

Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira é opção cultural para as férias de julho em BH

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Cerca de 150 obras de artistas negros estão em exibição no Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB BH) até 05 de agosto; a entrada é gratuita

No Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB BH), a exposição Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira já recebeu mais de 102 mil visitantes na capital mineira. Sucesso entre públicos de todas as idades, a mostra é uma excelente opção para o período de férias escolares e pode ser conferida de quarta a segunda, das 10h às 22h. A entrada é gratuita mediante a retirada do ingresso na bilheteria ou pelo site ccbb.com.br/bh.

Com curadoria de Deri Andrade, a exposição exibe trabalhos de 61 artistas negros, entre eles oito mineiros. São mais de 150 obras, entre pinturas, fotografias, esculturas, instalações, vídeos e documentos, que abordam temática como religiões de matriz africana no país, o reconhecimento de ancestrais e o combate ao racismo.

Dividida em cinco eixos, a exposição abarca trabalhos de artistas do pré-modernismo até a contemporaneidade. Cada seção é representada por uma grande personalidade: Arthur Timótheo da Costa (Rio de Janeiro, RJ, 1882-1922), Rubem Valentim (Salvador, BA, 1922- São Paulo, SP, 1991), Maria Auxiliadora (Campo Belo, MG, 1935 – São Paulo, SP, 1974), Mestre Didi (Salvador, BA, 1917- 2013) e Lita Cerqueira (Salvador, BA, 1952)

Os cinco lideram, respectivamente, os eixos: Tornar-se, sobre a importância do ateliê de artista; Linguagens, que aborda os movimentos artísticos; Cosmovisão, a respeito do engajamento político e direitos; Orum, sobre as relações espirituais entre o céu e a terra, a partir do fluxo entre Brasil e África; e Cotidianos, que aborda as discussões sobre representatividade.

Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira é um desdobramento do Projeto Afro, em desenvolvimento desde 2016 e lançado em 2020, que hoje reúne cerca de 300 artistas catalogados na plataforma. São nomes que abarcam um vasto período da produção artística no Brasil, do século XIX até os contemporâneos nascidos nos anos 2000.

A mostra conta com um espaço próprio do Projeto Afro, no qual o público pode consultar materiais de pesquisa e acessar a plataforma. As obras estão em exibição nas galerias do 3º andar e no Pátio.

Destaques

Depois de ser exibida em São Paulo, Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira ganhou uma nova versão em Belo Horizonte, com a inclusão de dois trabalhos originais de Rubem Valentim, a reunião de três obras de Arthur Timótheo da Costa e um trabalho inédito de Massuelen Cristina, composto por fotos e faixas com grafismos. A exposição conta com patrocínio do Banco do Brasil e BB Asset Management, e produção da Tatu Cultural.

Programação especial

Para agitar a exposição durante o mês de julho, uma série de atividades gratuitas serão realizadas no CCBB BH. No próximo dia 20/07, às 14h, Magna Oliveira, contadora de histórias e coordenadora do projeto extensionista “Iranti – Ser África” na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), conduzirá a atividade Tecituras da Arte Afro-brasileira, uma vivência que visa instigar memórias artísticas em temáticas que tecem artes negras diaspóricas.

Na sequência, em 27/07, às 18h, acontecerá a roda de conversa Cadeia Produtiva do Setor Cultural: Movimentos, Encruzilhadas e Desafios, que apresentará um panorama da economia da área cultural. Será uma oportunidade para compreender como o setor se organiza e se desenvolve territorialmente, assim como as diversas etapas no processo de construção de projetos. O encontro terá mediação do curador, Deri Andrade, e do produtor-executivo, Jacó Oliveira.

Para fechar o mês, em 28/07, às 14h, a exposição Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira receberá a performance De que são Feitos os Muros, do artista Davi Cavalcante. A reflexão sobre o corpo, as relações de trabalho e os espaços serão questionados a partir da instalação e da gravação de palavras em tijolos feitas dentro do espaço expositivo.

Circuito Liberdade

O CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

 

SERVIÇO

Exposição: Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira

Período: até 05 de agosto de 2024

Funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 22h (fecha às terças)

Local: Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte – Pátio e Galerias do 3º Andar

Endereço: Praça da Liberdade, 450 – Funcionários, Belo Horizonte – MG

Entrada gratuita, mediante retirada de ingresso no site ccbb.com.br/bh ou na bilheteria do CCBB Belo Horizonte

Classificação indicativa: Livre

 

Vivência – Tecituras da Arte Afro-brasileira

Data e horário: 20/07/24, às 14h

Local: Foyer Teatro I

Classificação indicativa: Livre

Entrada gratuita, com inscrição antecipada via formulário, a ser disponibilizado no site ccbb.com.br/bh

 

 Roda de Conversa | Cadeia Produtiva do Setor Cultural: Movimentos, Encruzilhadas

e Desafios

Data e horário: 27/07/24, às 18h

Local: Pátio

Classificação indicativa: Livre

Entrada gratuita, com retirada de ingressos uma hora antes do evento, exclusivamente na bilheteria física do CCBB Belo Horizonte

 

 De que são Feitos os Muros – Performance Davi Cavalcante

Data e horário: 28/07/24, às 14h

Local: Exposição Galeria D

Classificação indicativa: Livre

Entrada gratuita, sem necessidade de retirada de ingressos

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Cultura

Lançamento do livro “Mentes Milionárias: O Segredo dos Empreendedores de Sucesso” obra de autoria de Sophia Martins

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Na próxima quinta-feira, dia 29 de agosto, será realizado em São Paulo, no Shopping JK Iguatemi, o lançamento do livro “Mentes Milionárias: O Segredo dos Empreendedores de Sucesso” na Livraria da Vila. O evento contará com a presença da imprensa, personalidades e renomados empresários.

Transforme seus sonhos em realidade com “Mentes Milionárias”, um guia essencial para empresários e empreendedores que aspiram ao sucesso. Escrito por Sophia Martins, renomada especialista em negócios, este livro oferece estratégias práticas e insights poderosos para alcançar resultados extraordinários. Explore a diferença entre ser um empreendedor e um empresário, aprenda a construir uma marca de sucesso e desenvolva uma mentalidade resiliente capaz de enfrentar os desafios do mercado.

Com uma visão abrangente sobre criatividade, planejamento estratégico, gestão do tempo e o papel crucial da inteligência artificial nos negócios, “Mentes Milionárias” é a chave para transformar suas ideias em realizações concretas e duradouras.

Empresária, especialista no mercado imobiliário, figura feminina de destaque no setor, palestrante e autora do livro ‘Profissão Milionária: O Que Ninguém Te Te Disse’ e ‘Mentes Milionárias : O Segredo dos
Empreendedores de Sucesso “Além disso, ela é criadora de conteúdo digital e compartilha dicas valiosas sobre vendas, gestão de pessoas e
atendimento de luxo, ajudando profissionais a aprimorar suas habilidades e alcançar o sucesso.

29 de Agosto – Às 18H00 – LIVRARIA DA VILA
Shopping JK Iguatemi – AV. Juscelino Kubitschek
Nº 2041, Loja 335/336 – PISO 2 – Itaim Bibi – São Paulo – SP

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Cultura

Com Gilberto Gil, Liniker, Alok e Lucas Chumbo, Estrella Galicia atrai tribo de artesãos que compartilham valores para além da cerveja

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  • A marca da Galicia, 100% familiar e independente, não está sozinha. O movimento já conta com o endosso do Mestre Artesão Gilberto Gil, e artesãos de diferentes ofícios e gerações, como Lucas Chumbo, Alok, Liniker, Igor 3K, Rodrigo Oliveira e Maria Rita

A Estrella Galicia, empresa familiar de origem espanhola, que carrega em seu DNA a sua independência e a valorização da cultura cervejeira há 118 anos, mergulha na sua própria história dando origem ao Movimento Big Craft, iniciativa com objetivo de fomentar o espírito artesano como uma visão de mundo para além do universo da cerveja. Tudo isso, por meio de uma tribo com integrantes que, independentemente do que fazem, compartilham os mesmos valores: o respeito ao tempo das coisas, a valorização das origens, e a busca pela excelência sem renunciar à essência daquilo que faz de cada ser humano e sua obra, únicos.

Estrella Galicia e suas credenciais artesanas

Diferente da maioria dos players do mercado brasileiro, a Estrella Galicia é uma cervejaria 100% familiar e independente, com uma história única e genuína ainda pouco conhecida por aqui. O que a torna ‘big’ (grande) é a sua própria história de uma família de artesãos de cerveja que preservam a sua raiz ‘craft’, perpetuando sua obra. O movimento Big Craft é um símbolo de expansão da marca da Galícia para o mundo sem perder as origens, como um legítimo artesão, seguindo princípios e valores inegociáveis.

Isto porque a Estrella Galicia se orgulha de sua história, que se inicia em 1906 com seu fundador – José Maria Rivera – um imigrante galego – que ultrapassou fronteiras perseguindo o sonho que se mantém vivo até hoje, geração após geração há mais de um século. A cerveja idealizada por ele cresceu e caiu no gosto das pessoas, não só pelo compromisso com a qualidade, mas também pela paixão por fazer cerveja.

“Agora chegou a hora dos brasileiros conhecerem esta e mais tantas outras histórias desconhecidas que revelam o valor intangível de um caminho autoral para um mundo que cada vez mais anseia por coisas autênticas. Não é sobre ser grande, é sobre a grandeza de ser quem se é. É nesta perspectiva da grandeza do espírito e do mindset artesão, independente do ofício, que nasce o Movimento Big Craft.” destaca Roberta Prado, CMO da Estrella Galicia Brasil.

O Movimento Big Craft representa a atitude de um artesão perante o mundo que irá ecoar junto aos brasileiros, por meio de uma tribo que se conecta naturalmente com sua essência a partir originalidade e espírito empreendedor.

Tribo de Artesanos do Mundo

O Movimento traz luz ao espírito artesão que atua no mundo independente do território. Cervejeiros, pensadores, artistas, cientistas, surfistas, poetas, desportistas, chefs, programadores, e todos aqueles que se identifiquem com esse jeito de existir e criar valor para o mundo e abrindo caminho para os próximos que virão.

Isso explica a relação entre os diferentes universos dos nomes que estão conectados à Tribo, que junta, por exemplo, a arte de surfar ondas gigantes de Lucas Chumbo, com a arte do Alok de transformar música em impacto positivo para o mundo, com a arte de levar os sabores do sertão para o mundo, do chefe do restaurante Mocotó, Rodrigo Oliveira, além da arte de construir um novo caminho para a comunicação no Brasil, do apresentador do Flow Podcast, Igor Coelho, e a arte de revelar ao mundo poesia singular, da cantora Liniker.

Conheça a Tribo de Artesanos e para o que foram criados:

  • Alok – Link
  • Liniker – Link
  • Maria Rita – Link
  • Igor 3K –  Link
  • Lucas Chumbo – Link
  • Rodrigo Oliveira – Link
  • Gilberto Gil – Link

Mestre Artesano

Tendo Gilberto Gil como mestre artesano da sua Tribo Big Craft, a marca anuncia também o patrocínio da sua turnê Tempo Rei que estreia em março de 2025 e passará por 9 cidades do Brasil, contando ainda com datas nos Estados Unidos e na Europa. Além de representar uma fonte de inspiração, Gil é uma personificação dos valores de um grande artesão do mundo, que leva suas raízes e essência por onde for, trilha seu próprio caminho, a sua maneira, deixando o tempo ser o rei de suas obras.

Sobre Estrella Galicia

Nascida na Espanha em 1906, a cervejaria preserva até hoje os valores da cultura artesanal. Presente na lista das 40 maiores do mundo, a Estrella Galicia se mantém independente e familiar. Hoje tendo na operação integrantes da quarta geração da família Rivera, conserva suas raízes na Galícia, no noroeste da Espanha, onde é a líder de vendas, enquanto expande sua presença pelo mundo. Presente em mais de 70 países, atua há quase 15 anos no Brasil, onde oferece as cervejas Estrella Galicia Lager, Estrella Galicia 0,0 e a 1906 La Milnueve, tendo a Coca-Cola, como parceiro comercial da marca no Brasil.

Conheça mais em Link

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Cultura

Com dramaturgia e atuação de Suzana Nascimento, espetáculo “Em Nome da Mãe” tem sessões extras nos dias 2, 3 e 4/9 no Teatro Adolpho Bloch

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  • Dirigida por Miwa Yanagizawa, peça é baseada na obra homônima do autor italiano Erri de Luca
  •  Versão audiovisual da montagem foi laureada em quatro categorias no 16º Prêmio APTR de Teatro: espetáculo, atriz, direção e música
  •  Além do espetáculo, atriz apresenta exposição inédita ‘No princípio era a mulher’, com obras bordadas em folhas de árvore

Devido ao sucesso de público e crítica, o espetáculo “Em Nome da Mãe” terá três sessões extras nos dias 2, 3 e 4 de setembro, às 20h, no Teatro Adolpho Bloch. A peça deixar de lado o aspecto religioso e desmistifica a figura de Maria de Nazaré, mãe de Jesus, abordando a jornada íntima de uma jovem, pobre, não casada – e grávida, tendo por isso sofrido os preconceitos de uma sociedade conservadora, patriarcal e machista.

A história milenar, escrita por homens na Bíblia, aqui é contada por sua protagonista antes de se tornar a mãe do filho de Deus. Baseada na obra homônima do premiado autor italiano Erri de Luca, a peça foi concebida para o palco por Suzana Nascimento, que também estrela o monólogo, em sua primeira montagem no Brasil. A direção é de Miwa Yanagizawa.

Além do espetáculo, o público poderá desfrutar também da exposição inédita “No princípio era a mulher”, no foyer do teatro, na qual Suzana apresenta seus poéticos bordados em folhas de árvore, recolhidas pela artista em diferentes cidades, e outros materiais, que ganham novo significado ao dialogar com a temática do espetáculo.

Em Nome da Mãe

Em 2015, Suzana Nascimento teve contato pela primeira vez com a obra de Erri de Luca. O livro “Em Nome da Mãe” conta em primeira pessoa a história da gestação de Maria de Nazaré, desde o anúncio de sua gravidez imaculada pelo anjo Gabriel até o nascimento de Jesus. Arrebatada pelo livro, a atriz construiu uma dramaturgia para ser encenada, aprofundando o olhar para o feminino e para a atualidade. Nela, a jovem mulher ganha voz própria e coloca em evidência sua dimensão não apenas humana como feminina: ela relata sua coragem e suas incertezas, as perseguições, os constrangimentos diante de intrigas e acusações, seus medos e sonhos.

A peça fez sua estreia em versão audiovisual durante a pandemia, em agosto de 2021, dentro do projeto “Arte em Cena – Temporadas”, braço de temporadas teatrais do projeto em que o Sesc RJ transmite espetáculos artísticos em suas plataformas digitais. A montagem foi laureada em quatro categorias no 16º Prêmio APTR de Teatro, em 2022: espetáculo, atriz protagonista (Suzana Nascimento), direção (Miwa Yanagizawa) e música (Federico Puppi). Contemplado pelo Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar, o espetáculo foi apresentado em oito unidades do Sesc no estado do Rio de Janeiro, entre abril e maio de 2024.

“Não estamos fazendo uma transposição do audiovisual para o presencial. Estamos retrabalhando a linguagem, a luz, por exemplo, foi criada para o palco pela Ana Luzia Molinari de Simoni em parceria com Hugo Mercier. O cenário também está sendo revisto e peças estão sendo recriadas pela Desirée Bastos e Jovanna Souza”, diz Suzana Nascimento. A atriz também destaca os momentos pontuais de interação com público na montagem presencial. “Essa interação é uma característica do meu trabalho desde o meu monólogo ‘Calango Deu! Os Causos da Dona Zaninha’, premiado nos Festivais FITA e Cena Contemporânea, em 2014, sucesso de público que ficou 10 anos ininterruptos em cartaz”, explica.

A ideia de ir além da simples adaptação do texto para o teatro veio aos poucos. Desde a primeira leitura do livro, Suzana sentiu a necessidade de abordar importantes transformações em relação ao universo feminino, e construiu uma nova dramaturgia, com outros personagens e situações. Ao lançar um olhar contemporâneo sobre uma história contada há mais de 2 mil anos, a peça abre espaço para reflexões sobre o feminismo e sobre os comportamentos patriarcais que atravessaram o tempo até nossos dias.

A peça passeia por importantes arquétipos da alma feminina. Em cena, Suzana dá voz a três mulheres – a donzela Maria (ou Miriam, como é chamada em hebraico), a atriz (uma mulher de 46 anos) e a anciã (Maria, em sua velhice, carregando em si a ancestralidade feminina) – que relatam a jornada da protagonista, intercaladas com histórias da vida da própria atriz e temas da atualidade. “Só existem seis falas atribuídas a Maria em toda a Bíblia. Pouco se escreveu sobre ela. A peça é uma investigação sobre sua jornada íntima, trazendo uma Maria profundamente humana, em plena metamorfose, se apoderando de sua própria história”, conta Suzana.

“Fui arrebatada pela obra. Foi uma desconstrução da imagem romântica que eu tinha da Maria, que nos chega perfeita, como aquela que vemos nos presépios de Natal”, conta a diretora Miwa Yanagizawa. “Humanizar a figura da Maria e mostrar a opressão sofrida por essa mulher amplia o movimento libertário feminista”, diz a diretora, que vê neste trabalho um diálogo com seus dois espetáculos anteriores, “Nastácia” e “Eu matei Sherazade, confissões de uma árabe em fúria”.

Exposição “No princípio era a mulher”

Durante a temporada no Adolpho Bloch, o público poderá conferir a exposição “No princípio era a mulher” no foyer do teatro, com obras bordadas em folhas de árvore que fazem parte do projeto Botica de Histórias (@boticadehistorias), outra façanha da multiartista Suzana Nascimento.

Mineira, radicada no Rio desde 2000, Suzana é filha de uma linhagem de costureiras e bordadeiras que marcaram sua trilha artística, como o público poderá observar na exposição. São cerca de 10 peças artesanais, criadas especialmente para a mostra. Mesclando arte, poesia visual, afeto, memória, ancestralidade e natureza, as obras inéditas dialogam com o universo feminino e ancestral do espetáculo.

O projeto Botica de Histórias começou na pandemia, quando a artista passou uma temporada em Juiz de Fora (MG). Como forma de se conectar com a natureza naquele período conturbado, começou a recolher as folhas que encontrava pelo caminho e estudar como conservá-las para desenvolver esse trabalho poético.

“Eu chamo a folha de ‘filha’ que cai da ‘mãe’ árvore. A folha cumpriu o ciclo dela. Ela se desprende da mãe árvore e retorna à terra para criar novas coisas. Com essa interferência artística, a folha ganha um novo significado, trazendo a bagagem que tinha antes. Enxergo também como uma metáfora das mães e das filhas”, explica a artista.

Serviço:
Espetáculo: Em Nome da Mãe

Local: Teatro Adolpho Bloch (Rua do Russel 804, Glória)
Temporada: de 7 a 29 de agosto – quartas e quintas, às 20h

Sessões extras: dias 2, 3 e 4 de setembro, às 20h.

Ingressos: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia).

Vendas na bilheteria do teatro ou pelo site da Sympla.
Duração: 60 min.
Classificação etária: 14 anos

Nas redes: @emnomedamae.teatro

Ficha técnica

Direção: Miwa Yanagizawa

Concepção, dramaturgia e atuação: Suzana Nascimento

a partir da obra de Erri de Luca

Tradução: Federico Puppi

Figurino: Desirée Bastos

Cenografia: Desirée Bastos e Jovanna Souza

Iluminação: Ana Luzia Molinari de Simoni e Hugo Mercier

Direção de movimento: Denise Stutz

Trilha sonora original: Federico Puppi

Participações especiais (trilha):

Cantoras: Rita Beneditto, Kacau Gomes, Mari Blue, Fernanda Santanna e Alexia Evellyn

Percussão: Marco Lobo

Voz da mãe (a própria): Irene Pereira do Nascimento

Direção de palco: Sabrina Savino

Operação de som e vídeo: Roberto Lucaro

Fotografias: Nil Caniné, Elisa Mendes e Júlio Ricardo

Vídeos: Elisa Mendes

Edição de vídeos para projeção: Almir Chiaratti – OKOTO Produções

Assessoria de imprensa: Paula Catunda e Catharina Rocha

Design gráfico: Raquel Alvarenga – Studio Janela Aberta

Mídias sociais e produção gráfica: Top na Mídia

Direção de produção: Alessandra Reis e Cristina Leite

Coordenação geral: SP Nascimento Produções

Produtoras associadas: AR27 Produções Artísticas Ltda e SP Nascimento Produções

 Currículos

 ERRI DE LUCA – Escritor, poeta e tradutor. Nasceu em Nápoles em 1950 e é considerado um dos mais conceituados autores italianos contemporâneos. Integrou o movimento esquerdista Lotta Continua. Durante a guerra na ex-Iugoslávia, dirigiu comboios humanitários destinados à população da Bósnia. Publicou o seu primeiro livro (“Non ora, non qui”) aos 39 anos. Estudou hebraico e tornou-se tradutor de livros bíblicos e crítico de traduções da Bíblia, sem ser religioso. Em 2010, publicou “Em Nome da Mãe” (no Brasil o livro é publicado pela Companhia das Letras) sem querer dar uma explicação teológica ou filosófica ao mistério da Anunciação. Escreveu cerca de 60 livros, vários best-sellers na Itália, França e Israel, tendo sua obra foi publicada em muitas línguas.

 MIWA YANAGIZAWA – Atriz, diretora de teatro, fundadora do Areas Coletivo, onde destacam-se as seguintes criações: “Naquele dia vi você sumir”, “Plano sobre queda e Breu”, de Pedro Brício, que recebeu os prêmios Questão de Crítica (melhor direção e iluminação) e APTR (melhor cenografia). Dirigiu “Nastácia”, de Pedro Brício, obra a partir do romance “O Idiota”, de Fiódor Dostoiévski, vencedora dos prêmios Shell e APTR de 2019 (melhor direção). Com frequência, ministra a oficina Estudo para o ator: a escuta, um eixo de pesquisa do Areas Coletivo, que, em 2020, estendeu sua atuação para o espaço virtual como A Escuta: distâncias e aproximações.

Como atriz, trabalhou com diretores de teatro como Guilherme Leme Garcia, Gustavo Paso, Adriano Guimarães, Ticiana Studart e José Possi Neto, entre outros. Foi integrante da ciateatroautônomo, dirigida por Jefferson Miranda, por 18 anos. Na TV, participou de novelas e séries como Spectros (Netflix) e da quinta temporada de Sessão de Terapia (com direção de Selton Mello, no GNT e Globoplay). No cinema, fez longas e curtas-metragens como “O Filme da Minha Vida”, de Selton Mello e “Omoidê”, de Dannon Lacerda.

 SUZANA NASCIMENTO – Atriz, dramaturga, diretora, contadora de histórias, produtora cultural, com 25 anos de carreira. Formada em interpretação (CAL) e Produção Cultural (UFF). Premiada como Melhor Atriz, pelos solos de sua autoria “Em nome da mãe”, com direção de Miwa Yanagizawa (agraciado com o prêmio APTR 2022 nas categorias melhor atriz, espetáculo, direção e música) e “Calango Deu! Os causos da Dona Zaninha”, dirigido por Isaac Bernat (premiado nos Festivais FITA e Cena Contemporânea, 2014).

Atuou em mais de 20 espetáculos, com destaque para “Julius Caesar – Vidas Paralelas”, peça comemorativa de 35 anos da Cia. Dos Atores, com direção de  Gustavo Gasparani (prêmio de melhor elenco no festival FITA 2023 e prêmios APTR 2023 de melhor autor para Gustavo Gasparani e ator em papel coadjuvante para Isio Guelman); “Os impostores” e “Alice mandou um beijo”, direção de Rodrigo Portella; “Dançando no escuro”, direção de Dani Barros; “Preciso Andar”, direção de Ivan Sugahara; “A menina Edith e a velha sentada”, direção de Lázaro Ramos; “Consertam-se Imóveis”, direção de Cynthia Reis; “O que você gostaria que ficasse”, direção de Miguel Thiré; “Peças de Encaixar”, da Cia. dos Atores, com direção de Cesar Augusto e Susana Ribeiro), entre outras.

Criou o curta “Árvore mãe” (2020). Escreveu o livro “Calango Deu!” (ed. Cândido, 2017) e a peça “Contracapa” (2018). Dirigiu “Boquinha…e assim surgiu o mundo”, em parceria com Lázaro Ramos, e “Espaçonave” em parceria com o Corpo Coletivo/MG. Apresentadora e coroteirista da série “Janela Janelinha”, na TV Brasil, em 2014 (indicada ao Prêmio TAL TV da América Latina).

Em cinema, atuou em “A suspeita”, direção de Pedro Pelegrino; “Santas”, de Roberval Duarte; “Uber Pool”, de Daan Gielis; “Trauma”, de Lara Lazzaretti. Atuou em diversas novelas na Rede Globo: “Elas por elas”, “Vai na fé”, “Pega pega”, “Segundo Sol”, “Malhação”, “Espelho da vida”; e nas séries “Se eu fechar os olhos agora” e “Ernesto – o exterminador de seres monstruosos e outras porcarias”, na TV Brasil.

Como apresentadora e narradora, trabalhou com as orquestras: OSN (Orquestra Sinfônica Nacional) – “Sonho de uma noite de verão” e “Dom Quixote”, regência de Tobias Volkman, e OSB (Orquestra Sinfônica Brasileira) – “Concertos para a juventude” e “Pedro e o Lobo”.

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