Cultura
Festival Minitrama chega à sua segunda edição, de 1º a 3 de agosto, no Centro Cultural Justiça Federal
O evento contará com a apresentação de quatro novos musicais de até 20 minutos e a realização de oficinas de corpo, voz e dramaturgia
O musical autoral está relacionado à própria formação cultural do povo brasileiro, em que diversos saberes, crenças, costumes e tradições se unem na construção de histórias. Mas quais são os caminhos iniciais que os artistas devem tomar para a criação de um musical brasileiro? Com a realização de mostras e oficinas, o festival Minitrama chega à sua segunda edição de 1º a 3 de agosto no Centro Cultural Justiça Federal, com o objetivo de ser um ponto de encontro para quem escreve musicais no Rio de Janeiro e para o público admirador do gênero. Um “laboratório”, no qual novos espetáculos podem compartilhar seus primeiros passos com o público, democratizando o acesso aos bastidores do teatro musical.
O festival foi criado no ano passado pelos dramaturgos e amigos Gabriela Alkmin, Luiz Buarque e Marcelo Albuquerque. Diante do desafio do alto custo dos musicais, resolveram investir em “minimusicais”, em que os criadores apresentam versões de até 20 minutos dos espetáculos que estão desenvolvendo. Este exercício de concisão também permite que os participantes possam focar suas pesquisas no material escrito. “Reduzir o tamanho das apresentações equilibra o orçamento e ainda assim nos possibilita apresentar uma experiência com “início/meio/fim” aos espectadores”, explica Marcelo Albuquerque. “Já o público, tem a rara oportunidade de vivenciar a criação de um musical e colaborar com seus autores através de oficinas e rodas de conversa”, acrescenta Gabriela Alkmin.
A anfitriã da festa é a atriz Stella Maria Rodrigues, que já participou de musicais como “Company”, “Cole Porter, ele nunca disse que me amava”, “Romeu e Julieta, ao som de Marisa Monte”, “Cazuza, pro Dia Nascer Feliz”, entre outros. E ela quem vai abrir a noite para as apresentações dos “minimusicais” “A Pandêmica Comédia” (01/08 e 03/08), “Casa dos Artistas Fodidos” (01/08 e 02/08), “Sem Sinal” (01/08 e 02/08) e “Antes que tudo acabe” (02/08 e 03/08). No último dia, haverá uma roda de conversa após as apresentações.
“Na época em que comecei a fazer musical, nós não tínhamos esse preparo de hoje, de estudar canto, dança, interpretação. Era meio no susto. Por isso, é muito bom ver essa evolução, e os jovens atores de hoje já com esse preparo. O teatro musical entrou no Brasil e está tendo a nossa cara, né? No festival Minitrama, vemos a qualidade dos nossos autores, diretores, atores, de toda essa engrenagem do teatro”, celebra a atriz Stella Maria Rodrigues. “Os musicais da Broadway são incríveis, mas ver o teatro musical autoral ganhando força aqui, sem se guiar por fórmulas americanas, é gratificante. No evento, temos a possibilidade de conhecer e ver quanta criatividade, quanto talento existe aqui”, completa a atriz.
Além dos espetáculos, serão oferecidas quatro oficinas: Técnica Vocal para Teatro Musical (02/08 – 14:30), com Chiara Santoro; A culpa é do texto (ou “quem escreveu isso aqui?”) (02/08 – 16:30), com Luiz Buarque; O Corpo do Personagem – O Corpo em Cena (03/08 – 14:30), com Daniel Chagas; e Laboratório da canção (03/08 – 16:30), com Marcelo Albuquerque e Gabriela Alkmin.
“Abrir um espaço para criadores é fomentar artistas do Rio de Janeiro na busca investigativa pela linguagem do teatro musical com um cara nossa, focando no aquecimento desse mercado, valorizando a cultura e preparando esses profissionais para o mercado”, reforça Luiz Buarque.
Programação:
MOSTRA
A Pandêmica Comédia (01/08 e 03/08)
Inspirado na obra clássica “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri, que conta a história de sua viagem ao submundo com intenção de chegar ao paraíso. Um texto dividido em 9 esquetes-monólogos em que cada uma simboliza um círculo do inferno, usando a pandemia como plano de fundo. No festival, será apresentada a esquete musical “Heresia”, onde acompanharemos a episcopisa Eritone e seu festival de apostasia.
Autor e Compositor: Matheus Brito
Casa dos Artistas Fodidos (01/08 e 02/08)
Ser artista de teatro musical é para os corajosos! É preciso aprender a cantar, dançar e atuar ao mesmo tempo. Mas o que ninguém te ensina por trás do glamour do showbiz é: Como ser artista e não ser fodido? Ou melhor, porque trabalhar com teatro em um país onde a preocupação básica do artista é pagar a conta no fim do mês? Essa é a pergunta que Caique, Felipe, Julieta, Marina e Viviane vão buscar responder enquanto tentam passar na audição mais importante do ano.
Escritor, Letrista e Compositor: Ramon Costa
Letrista e Compositora: Malu Cordioli
Sem Sinal (01/08 e 02/08)
Três adolescentes enfrentam o inesperado colapso da internet e são forçados a redescobrir o mundo offline. Sem redes sociais, eles se veem desafiados a explorar novas formas de se conectar e se relacionar. Nesse processo, eles descobrem a profundidade das interações pessoais, a importância das conversas cara a cara e a beleza das experiências compartilhadas sem a mediação das telas.
Texto e letras: Daniel de Mello
Músicas: Gabriela Alkmin
Antes que tudo acabe (02/08 e 03/08)
O que fazer quando percebemos que a vida tomou um rumo totalmente diferente do que havíamos imaginado? No réveillon do “bug do milênio”, o popstar Edu Reis faz um show histórico nas areias de Copacabana. Vinte anos depois, o cantor tenta voltar aos palcos e acaba “cancelado”. A queda de Edu abala as estruturas da geração cujas expectativas ele transformou em música e faz com que um grupo de amigos precise salvar o ídolo para poder salvar a própria história.
Texto: Luiz Buarque e Rogério Fanju
Música e letra: Rebecca Noguchi
Roda de Conversa: encerra a noite de mostras do dia 03/08
OFICINAS
Técnica Vocal para Teatro Musical (02/08 – 14:30)
Chiara Santoro
A oficina pretende estimular o aluno a mergulhar no processo de estudo do repertório, através de ferramentas expressivas, técnicas e musicais.
Conteúdo: Aulas práticas de experimentação através de vocalises, jogos musicais e estudo dos solos de teatro musical. Não há pré-requisitos para participação. Idade mínima 16 anos.
A culpa é do texto (ou “quem escreveu isso aqui?”) (02/08 – 16:30)
Luiz Buarque
A parte “falada” de um musical desconcerta autores, atores e público há gerações: qual a relação entre texto e números? Como estruturar um formato dramatúrgico tão específico? Por onde começar a exercer essa fascinante (e meio ingrata) ocupação? É sobre isso que a gente vai conversar nessa oficina.
O Corpo do Personagem – O Corpo em Cena (03/08 – 14:30)
Daniel Chagas
A oficina tem como objetivo estimular a composição de personas através de estímulos físicos como respiração (biorritmo), musculatura (densidade) e estrutura óssea (porte e estrutura física), dando à atriz ou ao ator domínio sobre as escolhas. Na sequência trabalharemos como estas personas podem transitar de uma para outra, ou para um corpo neutro, sem perder qualidade e precisão.
Laboratório da canção (03/08 – 16:30)
Marcelo Albuquerque e Gabriela Alkmin
Um estudo em cima de canções teatrais a partir de uma compreensão da sua função dentro da obra. Vamos esmiuçar a organização das ideias que se movem através de letras e das possibilidades sonoras que uma música pode ter na construção da dramaturgia de um musical como um todo.
Ficha técnica:
Direção: Marcelo Albuquerque
Assistência de Direção: Luiz Buarque
Anfitriã: Stella Maria Rodrigues
Direção de Produção: Cleto Araújo
Produção Executiva da Mostra: Gabriela Alkmin
Produção Executiva das Oficinas: Luiz Buarque
Iluminação: Anna Padilha
Idealização: Gabriela Alkmin, Luiz Buarque e Marcelo Albuquerque
Coprodução: Acorde Produções Artísticas
Fotos: RL Fotografia e Gugga Almeïdà
Assessoria de Imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
–
Serviço:
Data: 01, 02 e 03 de agosto
Centro Cultural Justiça Federal: Av. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro – RJ
Dias e horários: quinta a sábado, às 14h30 e 16h30 (oficinas) e 19h (mostras)
Ingressos: Mostra – R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada). Oficina – R$ 30.
Lotação: 125 lugares (teatro) e 30 vagas (oficinas)
Duração: 1h30 (as mostras e cada oficina).
Classificação etária: 14 anos
Venda de ingressos: pelo site Sympla (www.sympla.com.br/produtor/acordeproducoes)
Instagram: @festivalminitrama
Cultura
Lançamento do livro “Mentes Milionárias: O Segredo dos Empreendedores de Sucesso” obra de autoria de Sophia Martins
Na próxima quinta-feira, dia 29 de agosto, será realizado em São Paulo, no Shopping JK Iguatemi, o lançamento do livro “Mentes Milionárias: O Segredo dos Empreendedores de Sucesso” na Livraria da Vila. O evento contará com a presença da imprensa, personalidades e renomados empresários.
Transforme seus sonhos em realidade com “Mentes Milionárias”, um guia essencial para empresários e empreendedores que aspiram ao sucesso. Escrito por Sophia Martins, renomada especialista em negócios, este livro oferece estratégias práticas e insights poderosos para alcançar resultados extraordinários. Explore a diferença entre ser um empreendedor e um empresário, aprenda a construir uma marca de sucesso e desenvolva uma mentalidade resiliente capaz de enfrentar os desafios do mercado.
Com uma visão abrangente sobre criatividade, planejamento estratégico, gestão do tempo e o papel crucial da inteligência artificial nos negócios, “Mentes Milionárias” é a chave para transformar suas ideias em realizações concretas e duradouras.
Empresária, especialista no mercado imobiliário, figura feminina de destaque no setor, palestrante e autora do livro ‘Profissão Milionária: O Que Ninguém Te Te Disse’ e ‘Mentes Milionárias : O Segredo dos
Empreendedores de Sucesso “Além disso, ela é criadora de conteúdo digital e compartilha dicas valiosas sobre vendas, gestão de pessoas e
atendimento de luxo, ajudando profissionais a aprimorar suas habilidades e alcançar o sucesso.
29 de Agosto – Às 18H00 – LIVRARIA DA VILA
Shopping JK Iguatemi – AV. Juscelino Kubitschek
Nº 2041, Loja 335/336 – PISO 2 – Itaim Bibi – São Paulo – SP
Cultura
Com Gilberto Gil, Liniker, Alok e Lucas Chumbo, Estrella Galicia atrai tribo de artesãos que compartilham valores para além da cerveja
- A marca da Galicia, 100% familiar e independente, não está sozinha. O movimento já conta com o endosso do Mestre Artesão Gilberto Gil, e artesãos de diferentes ofícios e gerações, como Lucas Chumbo, Alok, Liniker, Igor 3K, Rodrigo Oliveira e Maria Rita
A Estrella Galicia, empresa familiar de origem espanhola, que carrega em seu DNA a sua independência e a valorização da cultura cervejeira há 118 anos, mergulha na sua própria história dando origem ao Movimento Big Craft, iniciativa com objetivo de fomentar o espírito artesano como uma visão de mundo para além do universo da cerveja. Tudo isso, por meio de uma tribo com integrantes que, independentemente do que fazem, compartilham os mesmos valores: o respeito ao tempo das coisas, a valorização das origens, e a busca pela excelência sem renunciar à essência daquilo que faz de cada ser humano e sua obra, únicos.
Estrella Galicia e suas credenciais artesanas
Diferente da maioria dos players do mercado brasileiro, a Estrella Galicia é uma cervejaria 100% familiar e independente, com uma história única e genuína ainda pouco conhecida por aqui. O que a torna ‘big’ (grande) é a sua própria história de uma família de artesãos de cerveja que preservam a sua raiz ‘craft’, perpetuando sua obra. O movimento Big Craft é um símbolo de expansão da marca da Galícia para o mundo sem perder as origens, como um legítimo artesão, seguindo princípios e valores inegociáveis.
Isto porque a Estrella Galicia se orgulha de sua história, que se inicia em 1906 com seu fundador – José Maria Rivera – um imigrante galego – que ultrapassou fronteiras perseguindo o sonho que se mantém vivo até hoje, geração após geração há mais de um século. A cerveja idealizada por ele cresceu e caiu no gosto das pessoas, não só pelo compromisso com a qualidade, mas também pela paixão por fazer cerveja.
“Agora chegou a hora dos brasileiros conhecerem esta e mais tantas outras histórias desconhecidas que revelam o valor intangível de um caminho autoral para um mundo que cada vez mais anseia por coisas autênticas. Não é sobre ser grande, é sobre a grandeza de ser quem se é. É nesta perspectiva da grandeza do espírito e do mindset artesão, independente do ofício, que nasce o Movimento Big Craft.” destaca Roberta Prado, CMO da Estrella Galicia Brasil.
O Movimento Big Craft representa a atitude de um artesão perante o mundo que irá ecoar junto aos brasileiros, por meio de uma tribo que se conecta naturalmente com sua essência a partir originalidade e espírito empreendedor.
Tribo de Artesanos do Mundo
O Movimento traz luz ao espírito artesão que atua no mundo independente do território. Cervejeiros, pensadores, artistas, cientistas, surfistas, poetas, desportistas, chefs, programadores, e todos aqueles que se identifiquem com esse jeito de existir e criar valor para o mundo e abrindo caminho para os próximos que virão.
Isso explica a relação entre os diferentes universos dos nomes que estão conectados à Tribo, que junta, por exemplo, a arte de surfar ondas gigantes de Lucas Chumbo, com a arte do Alok de transformar música em impacto positivo para o mundo, com a arte de levar os sabores do sertão para o mundo, do chefe do restaurante Mocotó, Rodrigo Oliveira, além da arte de construir um novo caminho para a comunicação no Brasil, do apresentador do Flow Podcast, Igor Coelho, e a arte de revelar ao mundo poesia singular, da cantora Liniker.
Conheça a Tribo de Artesanos e para o que foram criados:
- Alok – Link
- Liniker – Link
- Maria Rita – Link
- Igor 3K – Link
- Lucas Chumbo – Link
- Rodrigo Oliveira – Link
- Gilberto Gil – Link
Mestre Artesano
Tendo Gilberto Gil como mestre artesano da sua Tribo Big Craft, a marca anuncia também o patrocínio da sua turnê Tempo Rei que estreia em março de 2025 e passará por 9 cidades do Brasil, contando ainda com datas nos Estados Unidos e na Europa. Além de representar uma fonte de inspiração, Gil é uma personificação dos valores de um grande artesão do mundo, que leva suas raízes e essência por onde for, trilha seu próprio caminho, a sua maneira, deixando o tempo ser o rei de suas obras.
Sobre Estrella Galicia
Nascida na Espanha em 1906, a cervejaria preserva até hoje os valores da cultura artesanal. Presente na lista das 40 maiores do mundo, a Estrella Galicia se mantém independente e familiar. Hoje tendo na operação integrantes da quarta geração da família Rivera, conserva suas raízes na Galícia, no noroeste da Espanha, onde é a líder de vendas, enquanto expande sua presença pelo mundo. Presente em mais de 70 países, atua há quase 15 anos no Brasil, onde oferece as cervejas Estrella Galicia Lager, Estrella Galicia 0,0 e a 1906 La Milnueve, tendo a Coca-Cola, como parceiro comercial da marca no Brasil.
Conheça mais em Link
Cultura
Com dramaturgia e atuação de Suzana Nascimento, espetáculo “Em Nome da Mãe” tem sessões extras nos dias 2, 3 e 4/9 no Teatro Adolpho Bloch
- Dirigida por Miwa Yanagizawa, peça é baseada na obra homônima do autor italiano Erri de Luca
- Versão audiovisual da montagem foi laureada em quatro categorias no 16º Prêmio APTR de Teatro: espetáculo, atriz, direção e música
- Além do espetáculo, atriz apresenta exposição inédita ‘No princípio era a mulher’, com obras bordadas em folhas de árvore
Devido ao sucesso de público e crítica, o espetáculo “Em Nome da Mãe” terá três sessões extras nos dias 2, 3 e 4 de setembro, às 20h, no Teatro Adolpho Bloch. A peça deixar de lado o aspecto religioso e desmistifica a figura de Maria de Nazaré, mãe de Jesus, abordando a jornada íntima de uma jovem, pobre, não casada – e grávida, tendo por isso sofrido os preconceitos de uma sociedade conservadora, patriarcal e machista.
A história milenar, escrita por homens na Bíblia, aqui é contada por sua protagonista antes de se tornar a mãe do filho de Deus. Baseada na obra homônima do premiado autor italiano Erri de Luca, a peça foi concebida para o palco por Suzana Nascimento, que também estrela o monólogo, em sua primeira montagem no Brasil. A direção é de Miwa Yanagizawa.
Além do espetáculo, o público poderá desfrutar também da exposição inédita “No princípio era a mulher”, no foyer do teatro, na qual Suzana apresenta seus poéticos bordados em folhas de árvore, recolhidas pela artista em diferentes cidades, e outros materiais, que ganham novo significado ao dialogar com a temática do espetáculo.
Em Nome da Mãe
Em 2015, Suzana Nascimento teve contato pela primeira vez com a obra de Erri de Luca. O livro “Em Nome da Mãe” conta em primeira pessoa a história da gestação de Maria de Nazaré, desde o anúncio de sua gravidez imaculada pelo anjo Gabriel até o nascimento de Jesus. Arrebatada pelo livro, a atriz construiu uma dramaturgia para ser encenada, aprofundando o olhar para o feminino e para a atualidade. Nela, a jovem mulher ganha voz própria e coloca em evidência sua dimensão não apenas humana como feminina: ela relata sua coragem e suas incertezas, as perseguições, os constrangimentos diante de intrigas e acusações, seus medos e sonhos.
A peça fez sua estreia em versão audiovisual durante a pandemia, em agosto de 2021, dentro do projeto “Arte em Cena – Temporadas”, braço de temporadas teatrais do projeto em que o Sesc RJ transmite espetáculos artísticos em suas plataformas digitais. A montagem foi laureada em quatro categorias no 16º Prêmio APTR de Teatro, em 2022: espetáculo, atriz protagonista (Suzana Nascimento), direção (Miwa Yanagizawa) e música (Federico Puppi). Contemplado pelo Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar, o espetáculo foi apresentado em oito unidades do Sesc no estado do Rio de Janeiro, entre abril e maio de 2024.
“Não estamos fazendo uma transposição do audiovisual para o presencial. Estamos retrabalhando a linguagem, a luz, por exemplo, foi criada para o palco pela Ana Luzia Molinari de Simoni em parceria com Hugo Mercier. O cenário também está sendo revisto e peças estão sendo recriadas pela Desirée Bastos e Jovanna Souza”, diz Suzana Nascimento. A atriz também destaca os momentos pontuais de interação com público na montagem presencial. “Essa interação é uma característica do meu trabalho desde o meu monólogo ‘Calango Deu! Os Causos da Dona Zaninha’, premiado nos Festivais FITA e Cena Contemporânea, em 2014, sucesso de público que ficou 10 anos ininterruptos em cartaz”, explica.
A ideia de ir além da simples adaptação do texto para o teatro veio aos poucos. Desde a primeira leitura do livro, Suzana sentiu a necessidade de abordar importantes transformações em relação ao universo feminino, e construiu uma nova dramaturgia, com outros personagens e situações. Ao lançar um olhar contemporâneo sobre uma história contada há mais de 2 mil anos, a peça abre espaço para reflexões sobre o feminismo e sobre os comportamentos patriarcais que atravessaram o tempo até nossos dias.
A peça passeia por importantes arquétipos da alma feminina. Em cena, Suzana dá voz a três mulheres – a donzela Maria (ou Miriam, como é chamada em hebraico), a atriz (uma mulher de 46 anos) e a anciã (Maria, em sua velhice, carregando em si a ancestralidade feminina) – que relatam a jornada da protagonista, intercaladas com histórias da vida da própria atriz e temas da atualidade. “Só existem seis falas atribuídas a Maria em toda a Bíblia. Pouco se escreveu sobre ela. A peça é uma investigação sobre sua jornada íntima, trazendo uma Maria profundamente humana, em plena metamorfose, se apoderando de sua própria história”, conta Suzana.
“Fui arrebatada pela obra. Foi uma desconstrução da imagem romântica que eu tinha da Maria, que nos chega perfeita, como aquela que vemos nos presépios de Natal”, conta a diretora Miwa Yanagizawa. “Humanizar a figura da Maria e mostrar a opressão sofrida por essa mulher amplia o movimento libertário feminista”, diz a diretora, que vê neste trabalho um diálogo com seus dois espetáculos anteriores, “Nastácia” e “Eu matei Sherazade, confissões de uma árabe em fúria”.
Exposição “No princípio era a mulher”
Durante a temporada no Adolpho Bloch, o público poderá conferir a exposição “No princípio era a mulher” no foyer do teatro, com obras bordadas em folhas de árvore que fazem parte do projeto Botica de Histórias (@boticadehistorias), outra façanha da multiartista Suzana Nascimento.
Mineira, radicada no Rio desde 2000, Suzana é filha de uma linhagem de costureiras e bordadeiras que marcaram sua trilha artística, como o público poderá observar na exposição. São cerca de 10 peças artesanais, criadas especialmente para a mostra. Mesclando arte, poesia visual, afeto, memória, ancestralidade e natureza, as obras inéditas dialogam com o universo feminino e ancestral do espetáculo.
O projeto Botica de Histórias começou na pandemia, quando a artista passou uma temporada em Juiz de Fora (MG). Como forma de se conectar com a natureza naquele período conturbado, começou a recolher as folhas que encontrava pelo caminho e estudar como conservá-las para desenvolver esse trabalho poético.
“Eu chamo a folha de ‘filha’ que cai da ‘mãe’ árvore. A folha cumpriu o ciclo dela. Ela se desprende da mãe árvore e retorna à terra para criar novas coisas. Com essa interferência artística, a folha ganha um novo significado, trazendo a bagagem que tinha antes. Enxergo também como uma metáfora das mães e das filhas”, explica a artista.
Serviço: Espetáculo: Em Nome da Mãe Local: Teatro Adolpho Bloch (Rua do Russel 804, Glória) Sessões extras: dias 2, 3 e 4 de setembro, às 20h. Ingressos: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia). Vendas na bilheteria do teatro ou pelo site da Sympla. Nas redes: @emnomedamae.teatro |
Ficha técnica
Direção: Miwa Yanagizawa
Concepção, dramaturgia e atuação: Suzana Nascimento
a partir da obra de Erri de Luca
Tradução: Federico Puppi
Figurino: Desirée Bastos
Cenografia: Desirée Bastos e Jovanna Souza
Iluminação: Ana Luzia Molinari de Simoni e Hugo Mercier
Direção de movimento: Denise Stutz
Trilha sonora original: Federico Puppi
Participações especiais (trilha):
Cantoras: Rita Beneditto, Kacau Gomes, Mari Blue, Fernanda Santanna e Alexia Evellyn
Percussão: Marco Lobo
Voz da mãe (a própria): Irene Pereira do Nascimento
Direção de palco: Sabrina Savino
Operação de som e vídeo: Roberto Lucaro
Fotografias: Nil Caniné, Elisa Mendes e Júlio Ricardo
Vídeos: Elisa Mendes
Edição de vídeos para projeção: Almir Chiaratti – OKOTO Produções
Assessoria de imprensa: Paula Catunda e Catharina Rocha
Design gráfico: Raquel Alvarenga – Studio Janela Aberta
Mídias sociais e produção gráfica: Top na Mídia
Direção de produção: Alessandra Reis e Cristina Leite
Coordenação geral: SP Nascimento Produções
Produtoras associadas: AR27 Produções Artísticas Ltda e SP Nascimento Produções
Currículos
ERRI DE LUCA – Escritor, poeta e tradutor. Nasceu em Nápoles em 1950 e é considerado um dos mais conceituados autores italianos contemporâneos. Integrou o movimento esquerdista Lotta Continua. Durante a guerra na ex-Iugoslávia, dirigiu comboios humanitários destinados à população da Bósnia. Publicou o seu primeiro livro (“Non ora, non qui”) aos 39 anos. Estudou hebraico e tornou-se tradutor de livros bíblicos e crítico de traduções da Bíblia, sem ser religioso. Em 2010, publicou “Em Nome da Mãe” (no Brasil o livro é publicado pela Companhia das Letras) sem querer dar uma explicação teológica ou filosófica ao mistério da Anunciação. Escreveu cerca de 60 livros, vários best-sellers na Itália, França e Israel, tendo sua obra foi publicada em muitas línguas.
MIWA YANAGIZAWA – Atriz, diretora de teatro, fundadora do Areas Coletivo, onde destacam-se as seguintes criações: “Naquele dia vi você sumir”, “Plano sobre queda e Breu”, de Pedro Brício, que recebeu os prêmios Questão de Crítica (melhor direção e iluminação) e APTR (melhor cenografia). Dirigiu “Nastácia”, de Pedro Brício, obra a partir do romance “O Idiota”, de Fiódor Dostoiévski, vencedora dos prêmios Shell e APTR de 2019 (melhor direção). Com frequência, ministra a oficina Estudo para o ator: a escuta, um eixo de pesquisa do Areas Coletivo, que, em 2020, estendeu sua atuação para o espaço virtual como A Escuta: distâncias e aproximações.
Como atriz, trabalhou com diretores de teatro como Guilherme Leme Garcia, Gustavo Paso, Adriano Guimarães, Ticiana Studart e José Possi Neto, entre outros. Foi integrante da ciateatroautônomo, dirigida por Jefferson Miranda, por 18 anos. Na TV, participou de novelas e séries como Spectros (Netflix) e da quinta temporada de Sessão de Terapia (com direção de Selton Mello, no GNT e Globoplay). No cinema, fez longas e curtas-metragens como “O Filme da Minha Vida”, de Selton Mello e “Omoidê”, de Dannon Lacerda.
SUZANA NASCIMENTO – Atriz, dramaturga, diretora, contadora de histórias, produtora cultural, com 25 anos de carreira. Formada em interpretação (CAL) e Produção Cultural (UFF). Premiada como Melhor Atriz, pelos solos de sua autoria “Em nome da mãe”, com direção de Miwa Yanagizawa (agraciado com o prêmio APTR 2022 nas categorias melhor atriz, espetáculo, direção e música) e “Calango Deu! Os causos da Dona Zaninha”, dirigido por Isaac Bernat (premiado nos Festivais FITA e Cena Contemporânea, 2014).
Atuou em mais de 20 espetáculos, com destaque para “Julius Caesar – Vidas Paralelas”, peça comemorativa de 35 anos da Cia. Dos Atores, com direção de Gustavo Gasparani (prêmio de melhor elenco no festival FITA 2023 e prêmios APTR 2023 de melhor autor para Gustavo Gasparani e ator em papel coadjuvante para Isio Guelman); “Os impostores” e “Alice mandou um beijo”, direção de Rodrigo Portella; “Dançando no escuro”, direção de Dani Barros; “Preciso Andar”, direção de Ivan Sugahara; “A menina Edith e a velha sentada”, direção de Lázaro Ramos; “Consertam-se Imóveis”, direção de Cynthia Reis; “O que você gostaria que ficasse”, direção de Miguel Thiré; “Peças de Encaixar”, da Cia. dos Atores, com direção de Cesar Augusto e Susana Ribeiro), entre outras.
Criou o curta “Árvore mãe” (2020). Escreveu o livro “Calango Deu!” (ed. Cândido, 2017) e a peça “Contracapa” (2018). Dirigiu “Boquinha…e assim surgiu o mundo”, em parceria com Lázaro Ramos, e “Espaçonave” em parceria com o Corpo Coletivo/MG. Apresentadora e coroteirista da série “Janela Janelinha”, na TV Brasil, em 2014 (indicada ao Prêmio TAL TV da América Latina).
Em cinema, atuou em “A suspeita”, direção de Pedro Pelegrino; “Santas”, de Roberval Duarte; “Uber Pool”, de Daan Gielis; “Trauma”, de Lara Lazzaretti. Atuou em diversas novelas na Rede Globo: “Elas por elas”, “Vai na fé”, “Pega pega”, “Segundo Sol”, “Malhação”, “Espelho da vida”; e nas séries “Se eu fechar os olhos agora” e “Ernesto – o exterminador de seres monstruosos e outras porcarias”, na TV Brasil.
Como apresentadora e narradora, trabalhou com as orquestras: OSN (Orquestra Sinfônica Nacional) – “Sonho de uma noite de verão” e “Dom Quixote”, regência de Tobias Volkman, e OSB (Orquestra Sinfônica Brasileira) – “Concertos para a juventude” e “Pedro e o Lobo”.
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